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Erotico-->DEPOIS DO SEXO -- 18/11/2003 - 17:24 (Antonio Perdizes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
DEPOIS DO SEXO

Abraçou o corpo dela, agora mais macio. Estavam deitados de lado, um contra o outro, na cama revirada. Encaixou os seios dela em seu peito e, sem apertar, enlaçou o corpo com o braço direito por baixo, servindo como apoio para a cabeça dela. A mão esquerda ficou deslizando livre, com as pontas dos dedos, percorrendo as costas nuas, de leve, sentindo a pele dela se deliciar com o toque.
- Você está bem minha ternura?
- Tô. Ela respondeu com aquela voz levemente rouca, num tom sensual de entrega, aninhando-se ainda mais.
Gostava de ficar assim, poderia ficar horas daquele jeito, curtindo o momento, sentindo o cheiro agridoce do sexo, dos suores e fluidos produzidos, que agora deixavam sua marca no ar misturados com o perfume do cabelo, que ele não parava de cheirar e beijar. Beijinhos leves que ora desciam pelo pescoço até o ombro e depois retornavam.
- Ahhh.... que delicia, murmurou ela.
- É sua esta batida de coração? perguntou ele.
- Não, é do seu.
- Já vai parar.
- Sei.
Sempre depois do esforço seu coração acelerava com batidas fortes e agora, abraçados, ecoava um pelo outro se fazendo ouvir e sentir. Ficavam em silencio, a perna dela sobre a sua e seu membro, agora meio murcho, mas alerta, recostado junto a ela, curtindo o movimento do abdome com a respiração um do outro.
Fazendo amor com ela sentia-se livre, sem as cobranças e o compromisso de satisfazer, de agradar e procurar fazer com que ela gozasse, e, por isso, era perfeito. Conseguia deixar a cabeça livre, soltas e se controlar. Quando estava quase atingindo o orgasmo dava uma paradinha para se refazer e, depois, continuava, prolongando o prazer. Possuía o controle total e esperava até sentir o gozo dela.
Ela acompanhava e retribuía seus movimentos. Com as pernas bem abertas, enlaçava-o, fazendo um pequeno jogo com os quadris, retribuindo cada golpe, projetando a vulva que se abria contra sua pélvis, engolindo e sorvendo o membro.
Os gemidos e sussurros dela pareciam discretos e sinceros e o estimulavam ainda mais. E, quando finalmente gozava, ela abraçava seu corpo até que o último jato, a última gota saísse. Ficavam assim, ainda um dentro do outro, até seus corpos se acalmarem para, depois, ficarem abraçados como agora. Não sentia o vazio do depois, ou alguma rejeição, como aquela que dá a vontade de virar para o outro lado e cochilar.
Seria tudo ainda mais perfeito se ela permitisse que ele a beijasse na boca. Tentara, antes, de todos os jeitos, mas ela ficara brava com a insistência dele, de tal forma, que ele teve que desistir. Compreendia, era o medo de se apaixonar.

Levantaram-se em silencio e vestiram a roupa. Pegou duas notas de R$ 50,00 da carteira e deu para ela, que colocou na bolsa.
- Não vou mais sair com ninguém, afirmou ela.
- Por que?
- Já falei, vou me casar.
- Eu não estava acreditando! Por que você vai se casar?
- Gosto dele e minha filha também. Ela precisa de um pai.
- Veja, sou casado e saio com você, depois de casada, nós poderíamos sair juntos de vez em quando.
- Não, não quero mais trair. Não suporto mais as mentiras.
- Não é trair, é só para relaxar, fazer algo diferente e, depois, você vai precisar de dinheiro também, não vai? Apelou ele.
- Não, gosto dele, até meus beijos guardo para ele. Sinto-me mal fazendo isso. Não quero que ele descubra a vida que estou levando. Essa foi a última vez, foi minha despedida.
- Olha! sei que você gostou. Eu até senti você gozando.
- .........
- Foi bom ou não foi? Provocou ele.
- Não, é engano seu. Nunca consigo gozar, só gozei umas duas vezes na minha vida. Tudo é a pratica, o jeitinho que se aprende para agradar o freguês.
- Então? Você não gozou nem com ele!
- Ainda não. Um dia chego lá.

Aquilo o deixou arrasado, sempre imaginara ser correspondido e que havia uma
troca, uma identificação entre os dois. Agora ele era só mais um freguês.
Ficou sentado sem dizer uma palavra, viu ela partir, despedindo-se com um breve aceno, sem lhe dar um beijo. Nunca se sentira assim, tão transtornado. Murmurou, sem muita certeza.
- Mulheres apaixonadas, todas iguais.... Foi uma grande perda.

Antonio Perdizes
antoperd@cidadeinternet.com.br

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