Já faz tempo amor, que não escrevo tais tolices, essas que falam de amor e de quanto é estimada.
Hoje penso o quanto és para mim, e sinto o corpo morrer ao pensar que pouco acabo sendo para ti.
Amada, meu existir foi moldado a tua forma. A bruto ferro de marcar, vermelho, embrasado, marca minha alma... sou gado teu. Sou teu. Teu rebanho.
Sigo-te como ovelha débil ao pastor querido. Porém corro perigo constante, pois o lobo da vida reclama minha carne.
Bem amor, purgo aqui em terra de Jaz, onde paz não há, pois você é Deus e não posso toca-la com mãos tão imundas.
Sigo então os torturados, na boca do cão, do Cérbero, a mastigar-me de saudades de você.
Eu te amo
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