285 usuários online |
| |
|
Poesias-->Devaneios -- 21/12/2000 - 08:56 (André Prado) |
|
|
| |
Vida que se afina
Acorde desafina
Um beijo na esquina
Esquina de quermesse
Se alguém tudo me desse
A madrugada pediria
Pois somente desta forma
É que tudo escurece
O calor que me aquece
O frio que estremece
Amor que atrofia
Eterna nostalgia
Quando a brisa se envaidece
A chuva umedece
Constantes desencontros
Satirizados em meus contos
Que nosso amor perdure
Em noites de tempestades
Como relâmpagos nas trevas
E montanhas em névoas
No alto de um mirante
Observando o horizonte
Com andar elegante
Bebo em sua fonte
No meio do campo
Perante uma rosa
Saboreio sozinho
Sua fruta gostosa
Quando nada faz sentido
Ofegante suspiro
Interminável martírio
Partindo em retiro
À luz do luar
Caminho a beira-mar
Esqueço da dor
Relembro do amor
O perfume das flores
Contornam as cores
Exalando no ar
O desejo de amar
No meio da noite
Com medo do açoite
Recebo carícias
Aprecio delícias
Corpos se aproximam
Timidamente se unem
Aos poucos se consomem
Uma mulher e um homem
Sexo com nexo
Côncavo e convexo
Selados e anexos
Unicamente completos
O dia clareia
A alma incendeia
Se as dúvidas persistem
Esqueço que existem
Na busca de equilíbrio
Perdido em delírios
Bêbado de paixão
Entrego o coração
Persiste a incerteza
Mas mantenho luz acesa
Em busca destemida
Prossigo com a vida
André Prado
www.webprado.cjb.net
|
|