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Erotico-->Como Seria Bom! -- 08/11/2001 - 15:36 (Alberto Novaes Coutinho Neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eram duas e meia da madrugada de um domingo quando o garotão Júlio Ribeiro chegou em casa, exausto.
A festa transcorrera ótima: muita cerveja, comida e, é claro, mulheres.; tudo de primeiríssima qualidade. Porém, o melhor ainda viria.
Passados vários cadeados e grades, além de um quintal e sua “dona” — uma pastora-alemã que adora carimbar suas patas nas camisas dos transeuntes conhecidos —, Júlio entrou no seu quarto. Despiu-se. Mergulhou na cama, ansioso.
Após alguns instantes, sentiu aquele peso sobre si, dele bastante conhecido.
Ao abrir os olhos, percebeu estar entre coxas decididas.; balaústres da perfeição a sustentar aquele monumento ajoelhado. Ela acabara de cruzar os braços para tirar seu blusão e, depois, expor peitos firmes, provocantemente empinados. Seus cabelos cacheados roçavam os ombros de Ribeiro, enquanto dava-lhe mordidelas nas orelhas e no pescoço...
Ele ainda não tinha encontrado reação, tal o ímpeto da circunstância.; assim, limitava-se a apreciar a paisagem a fim de digerir melhor a situação...
O simples ato de olhar aquele corpo enlouquecia-o. E essa loucura embatia-se cada vez mais dentro dele, tentando animar o ser petrificado, ali prostrado na cama...
Colchão-de-mola. Quaisquer movimentos, sutis que fossem, tinham suas conseqüências ampliadas. O calmo embalo vertical deixou-o vidrado. A fascinação que isso causou fez a passividade se dissipar...
E, apalpando com força as voluptuosas nádegas, apressou-se a beijar os lábios mais deliciosos que já beijara. Os seus corpos pareciam eletrizados... O rapaz tratou de desnudar totalmente a moça, tirando-lhe a calcinha... Logo após, jogou ao chão o edredom — última barreira a separar seus corpos sedentos... Ele só sabia murmurar “Tu é maravilhosa, tu é maravilhosa”...
Entretanto, quando o ato em si estava para ser consumado, ouviu-se vários latidos seguidos, bravios, fortes...
Então, Júlio foi percebendo, com angústia, que, aos poucos, acordava... Não! Não! Ele não queria acordar... Não queria acreditar. Mas a perfeição onírica evolava-se, disferindo duro golpe na felicidade do rapaz, que agora tombava no desalento.
No relógio, sete e três... de uma manhã de domingo...



[ N. do A.: Por favor, mandem-me elogios, escrachações ou quaisquer outros comentários. Façamos a Usina de Letras, com esse tipo de intercâmbio permanente, exteriorizar suas potencialidades. Engendrando cada vez mais tal dinamismo, todos só temos a ganhar. Essa é a minha profunda vontade, ajudem-me a realizá-la!!! Um grande abraço]
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