Como podemos perceber, o homem desde muito tempo sofre de um tipo de patologia que eu gosto de chamar de ‘incoerência humana’. Essa psicopatologia também pode ser chamada como o mau da insatisfação humana, pois todos nós sofremos disso, às vezes nós sofremos desse mau e em todos os momentos da nossa vida e nem nos damos conta que isso nos leva a uma piora relativa da situação.
Parecemos que nós não estamos satisfeitos com nada e chegamos a muitas vezes a debatermos nessa ganância que se torna com o tempo destrutiva em nossas vidas.
Nós seres humanos gostamos sempre de reclamações sem uma certa lógica, como não podemos sair porque estamos cansados demais, mas se não fazemos nada o dia todo também estamos insatisfeitos.
Relativamente o ser humano passa por essa fase desde muito cedo, quando na maioria das vezes não aceitamos nossos aniversários por um simples desejo de termos uma idade mais avançada. Portanto quando se é mais velho já não queremos nem mesmo escutar de um amigo que estamos já na fase adulta caminhando para a terceira idade.
As conseqüências desse fato são muitas vezes amargamente sentidas, pois com essa vontade de crescer e essa fobia de estar com a idade mais avançada nos tornamos mais frios e rancorosos, pois não aproveitamos a idade e a fase que passamos ao longo do tempo.
Podemos ver também uma mostra clara dessa psicopatologia, quando estamos casados e às vezes temos em mente, e muitas vezes temos essa atitude de se separar de quem gostamos por uma simples aventura passional.
Daí quando caímos na realidade voltamos nós na mesma cena de insatisfação e de tristeza, assim deixamos de olhar para as coisas como elas são e começamos a querer olhar para o mundo do jeito que nós queríamos.
Deixamos de compreender que o mundo não é para ser mudado por uma simples vontade própria, mas também não podemos ver o mundo como algo imutável e que nos obriga a sermos conformistas. Devemos aceitar mais esse mundo e deixarmos o egoísmo e a ambição de lado e aceitar mais as coisas como elas são e se comportam perante nós.
Talvez assim seremos felizes.