O MENDIGO
Ele anda por aí, triste, carente.
Não possui nenhum teto como abrigo.
Vive de restos e de pão de trigo,
e parece não ter um só parente.
Tudo que possui ele traz consigo.
Não tem vigor físico ou é demente
e é tratado, por muitos, rudemente.
Essa alma infeliz é o pobre mendigo.
Em aglomerações fica folgado,
por sua má fragrância eliminada,
causando a todos muito desagrado.
Imundo, ninguém com ele se congraça.
Não vê filhos, amor, amigos... nada.
Ele é um abandonado. Que desgraça!
(19-04-1991)
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Texto que publiquei no livro Coletânea de Poesias - Usina de Letras – 2005. |