O primeiro debate televisivo envolvendo os candidatos aos governo de Rondônia pela TV Norte, pertencente ao sistema Mário Calixto de Comunicação, empolgou a todos os que tiveram oportunidade de assistir.
Como se esperava, o candidato Ernandes Amorim trouxe uma metralhadora giratória e buscou através de intensa atividade irritar os candidatos oponentes.
Conseguiu inicialmente causar certa irritação ao atual governador José Bianco. Depois os candidatos espicaçaram-se, fugindo um pouco da proposta do debate das idéias para tentar mostrar quem tinha o quê, tanto em número de processos jurídicos como ligações fortes ou fracas com empreiteiras ou algum tipo de empresários.
Isto também é corriqueiro. Quem não utiliza deste expediente normalmente parece fraco aos olhos de alguns segmentos do eleitorado, ávido por contendas pela televisão.
O ponto crítico sempre acaba sendo o da exposição de idéias, que normalmente são deixadas para os comícios, onde a unilateralidade permite mais confiança aos candidatos.
É difícil avaliar a questão de quem levou por aspecto político ou intelectual. Há muitas avaliações subjetivas, torcedores embutidos em todos os segmentos.
Bianco conseguiu suportar os ataques, principalmente controlar a adrenalina. A posição do atual governador é bastante delicada. Não existem pesquisas que garantam quem passa para o segundo turno, e o governador se obriga a participar de todos os debates promovidos pelo Estado.
Se comparece é alvo dos adversários, se não comparece, pode indicar algum tipo de fraqueza.
De qualquer forma, o debate satisfez a todos os gostos. Mas quem conseguiu o maior ibope foi o candidato Edgar Azevedo.
Tentou associar Mauro Nazif a riquezas sem provas e depois afirmou por engano que o vencedor do pleito seria o 25, número do PFL de Bianco. Todos sabiam que o objetivo de Edgar era falar sobre os 25% de indecisos, eleitores potenciais.
Com o deslize de Edgar todos os candidatos saíram descontraídos, principalmente Bianco, que foi o alvo coletivo da noite.