Ao longe balançava a balsa
Ao sabor das ondas do mar.
As espumas embalavam a valsa
Dos nossos pés na praia a dançar.
Tão unidos num celeste encanto,
Vozes como cantos de sereia,
Juravas eterno amor, enquanto
Versos eu escrevia na areia.
Louvando esse amor de madrepérola
Rimas surgiam como múltiplas flores
Que o mar recolhia em pérolas
Guardadas em conchas de mil cores.
Tudo passou, tudo findou. E agora
Se à beira do mar tu divagas
Ouviras no som do mar, que chora,
Teu nome no embalo das vagas.
São os versos meus, que em rondas,
Ecoam longe, de angra em angra,
Carregados pelos suspiros das ondas
Como suspira meu coração que sangra.
Giulia Dummont
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