Arritmia
Desde o tempo da explosão da Terra
que eu não via o coração bater assim
Pulsa, pulsa, pulsa coração
Bate, bate, bate até demais
Desde o tempo que o amor nasceu
que eu não via alguém tanto amar
Pára, pára, pára de sofrer
Grite, grite sem nada dizer
Desde o tempo do silêncio morto
que eu não via explosão maior
Bate, bate, bate sem parar
Pára, pára, pára de gritar
Desde o tempo dos amantes loucos
que não via fogo tão ardente
Sofre, sofre, sofre sem bater
Diga, diga, diga o que é pulsar
© Fernando Tanajura Menezes
(n. 1943 )
(in Coisas do coração - Editora Scortecci
São Paulo/SP - 1993)
http://tanajura.cjb.net
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