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Cronicas-->Fiscal de paraíso -- 04/11/2003 - 15:13 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Nem sempre é bom ser jornalista. Nem professor. Culpa do estresse, da vontade de verificar os fatos e escrever o que é mais próximo da verdade possível.
Um dia desses vi uma reportagem sobre pequenas cidades onde a vida é mais calma. Uma delas é António Prado, no interior do Rio Grande do Sul. Acho que São Gabriel também se encaixa nisso. E poderia citar mais algumas. Claro, não falemos em renda. Nessas cidades o custo de vida é baixo, mas a diversão maior acaba sendo a macarronada familiar, regada a vinho, acompanhada de polenta, radite e coisas da terra.
Em Santa Catarina é Pomerode um dos melhores locais. Principalmente se souber falar o dialeto pomerano.
Mas os sonhos de paraíso estão muito mais ligados ao conceito que permitimos de qualidade de vida. Uma bióloga paulista me contou que trabalhava num projeto de recuperação de tartarugas e tracajás, em Costa Marques.
Cuidar de tartarugas em Costa Marques pode ser um conceito de fiscal de paraíso. Cidade pequena, poucos habitantes, fronteira com a Bolívia. Dizem que o único inconveniente é que na fronteira tem tráfico de cocaína e a presença de criminosos assustas as pessoas.
Tirando isso, até a internet é coisa de luxo, permitindo reflexão para quem quer fugir das grandes cidades, dos traumas e da preocupação com o trànsito e outros problemas cosmopolitas.
O rio Guaporé é um dos mais belos da Amazónia, apresentando biodiversidade rica, comunidades tradicionais de indígenas e caboclos, cenário natural de fotos para quem ama o registro de imagens.
Tem um pouco de cultura também, pois a presença do Forte Príncipe da Beira, marco da conquista portuguesa no território americano ainda virgem. Selva.
Os gringos gostam muito. Ajudam a esquecer os problemas causados pelo grande capital. Poderia escolher o Lago do Cuniã também, com suas matas quase intocadas. Não fossem tantos jacarés dentro daquela água...
O computador que agiliza as informações é o mesmo que causa irritação nos olhos. Ser fiscal de paraíso não implica em tentar superar meta nenhuma, apenas conviver com a natureza, compartilhar a beleza do universo sem tentar modificá-lo.
Acho que hoje estou na profissão errada. Quem sabe fazendo uma matéria com um desses grupos ecológicos encontre um pouco de paz. Costa Marques tem um projeto de repovoar os rios com tartarugas.
São repteis lentos e despreocupados com essa história de capital, de exploração do homem pelo homem, pela mulher, pela sogra, etc.
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