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Contos-->A ÂNCORA -- 25/01/2005 - 16:25 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A ÂNCORA

Fernando Zocca


O monopólio da produção e venda d água em Tupinambica das Linhas, pertencia ao Serviço Municipal das Águas e Esgoto. Essa empresa era uma autarquia à qual ocorriam muitos prefeitos quando sem caixa para o pagamento dos salários do funcionalismo.
Marlina Cristina Grogue, num domingo triste e abafado, encontrou-se com Albertinho Lhemonta, numa casa em construção. A obra situava-se a uma centena de metros da casa dos pais da moça.
O casal parou debaixo da escada tosca, previamente ali plantada, por um servente apressado, e perscrutou o ambiente.
Albertinho sentia-se eufórico: naquela semana, seu time sagrara-se campeão de um torneio muito importante no Estado de S. Tupinambos.
O par olhou as obras parciais e discutindo seus pontos de vista sobre disposições diversas de paredes e janelas, ponderou que se o serviço fosse apressado, haveria tempo de terem a casa reformada antes mesmo do casamento.
Quando eles saíram viram uma conta de água jogada ao chão da garagem. O moço abriu-a e notou o descalabro: os números ali fixados não refletiam o verdadeiro consumo. A casa estivera fechada por mais de 8 meses e não houve utilização da água. Albertinho disse:
- Esse pessoal do serviço d água não tem mais como inventar jeito de sacanear o cidadão. Olha isso aqui de novo. É um abuso!
Marlina Cristina respondeu:
- Por que a prefeitura não deixa as empresas abrirem poços artesianos na cidade? Será que é porque se isso acontecer, o Setor de Águas deixará de arrecadar?
Então, Albertinho replicou:
- É isso mesmo! Se cada empresário perfurar um poço artesiano, a arrecadação sobre o consumo d água, produzida pela empresa municipal, será insuficiente para pagar os desmandos desses corruptos incrustrados nos serviços públicos. Eles vivem inventando séries de mentiras; põe medo na população, dizendo que as bicas da cidade estão contaminadas. Até laudos periciais fajutos eles fabricam. A verdade é que se todo o povo passar a utilizar água das bicas e poços, a Prefeitura terá problemas financeiros.


O PODER POLÍTICO, EM TUPINAMBICA DAS LINHAS, ESCORA-SE NO FORNECIMENTO DA ÁGUA

Glória Megadan, mãe do Albertinho Lhemonta, quando percebeu a chegada do casal, apressou-se em coar o café. Seu filho se casaria com uma jovem muito bonita, prendada e laboriosa. Glória tinha certeza, porém que sua nora jamais se conformaria com as injustiças praticadas na aferição do consumo d água dos oponentes ao grupo ocupante do mando na cidade.


Fernando Zocca é escritor, advogado e jornalista.




A ÂNCORA

Fernando Zocca


O monopólio da produção e venda d água em Tupinambica das Linhas, pertencia ao Serviço Municipal das Águas e Esgoto. Essa empresa era uma autarquia à qual ocorriam muitos prefeitos quando sem caixa para o pagamento dos salários do funcionalismo.
Marlina Cristina Grogue, num domingo triste e abafado, encontrou-se com Albertinho Lhemonta, numa casa em construção. A obra situava-se a uma centena de metros da casa dos pais da moça.
O casal parou debaixo da escada tosca, previamente ali plantada, por um servente apressado, e perscrutou o ambiente.
Albertinho sentia-se eufórico: naquela semana, seu time sagrara-se campeão de um torneio muito importante no Estado de S. Tupinambos.
O par olhou as obras parciais e discutindo seus pontos de vista sobre disposições diversas de paredes e janelas, ponderou que se o serviço fosse apressado, haveria tempo de terem a casa reformada antes mesmo do casamento.
Quando eles saíram viram uma conta de água jogada ao chão da garagem. O moço abriu-a e notou o descalabro: os números ali fixados não refletiam o verdadeiro consumo. A casa estivera fechada por mais de 8 meses e não houve utilização da água. Albertinho disse:
- Esse pessoal do serviço d água não tem mais como inventar jeito de sacanear o cidadão. Olha isso aqui de novo. É um abuso!
Marlina Cristina respondeu:
- Por que a prefeitura não deixa as empresas abrirem poços artesianos na cidade? Será que é porque se isso acontecer, o Setor de Águas deixará de arrecadar?
Então, Albertinho replicou:
- É isso mesmo! Se cada empresário perfurar um poço artesiano, a arrecadação sobre o consumo d água, produzida pela empresa municipal, será insuficiente para pagar os desmandos desses corruptos incrustrados nos serviços públicos. Eles vivem inventando séries de mentiras; põe medo na população, dizendo que as bicas da cidade estão contaminadas. Até laudos periciais fajutos eles fabricam. A verdade é que se todo o povo passar a utilizar água das bicas e poços, a Prefeitura terá problemas financeiros.


O PODER POLÍTICO, EM TUPINAMBICA DAS LINHAS, ESCORA-SE NO FORNECIMENTO DA ÁGUA

Glória Megadan, mãe do Albertinho Lhemonta, quando percebeu a chegada do casal, apressou-se em coar o café. Seu filho se casaria com uma jovem muito bonita, prendada e laboriosa. Glória tinha certeza, porém que sua nora jamais se conformaria com as injustiças praticadas na aferição do consumo d água dos oponentes ao grupo ocupante do mando na cidade.


Fernando Zocca é escritor, advogado e jornalista.




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