Para quem falta quase tudo
Edilton Costa Silva: In: Revista Presença Espírita
Este irmão que precisa de um pão inteiro, agradece satisfeito, com sinceridade, se você lhe doa am metade.
Ele gostaria de falar muitas coisas para alguém, e porque as pessoas o evitam, termina por falar apenas consigo mesmo.
Não usa calçados, as roupas são farrapos, dorme ao relento e parece esquecido de todos...
Não tem documentos oficiais, não é reconhecido como cidadão, não tem referências e é desprovido de quase tudo... Quem passa por ele faz de conta que não o vê. É como se ele não existisse.
Para esse irmão, a sua atenção pode representar o recomeço da existência, um sopro de vida, o raio de esperança que he faltava.
Você lhe oferece um olhar e ele se vê em seus olhos.
Você lhe dá um aperto de mão e ele descobre que está vivo.
Você lhe oferece a escuta sensível e ele fica feliz pr já não precisar falar apenas em solilóquios.
Você lhe dirige algumas palavras amigas e ele o vê como um anjo de Deus na Terra.
Todos esses gestos parecem tão pouco, quase nada, todavia representam tanto para quem falta quase tudo...
Quando tentaram afastar as crianças, Ele as acolheu dizendo: "Deixai vir a mim as criancinhas"...
Quando decidiram apedrejar a mulher surpreendida em erro, Ele a reergueu com as palavras: "Ninguém te condenou? Nem eu te condeno..."
Quando relegaram Zaqueu ao desprezo, o publicano que parecia ter tudo, faltando-lhe contudo o mais importante, Ele, visitando o seu lar, disse-lhe: "hoje veio a salvação a esta casa..."
Quando a multidão tentou calar o cego de Jericó que buscava cura, Ele mandou que lho trouxessem, atendeu ao seu pedido, dizendo-lhe: "A tua fé te salvou".
Para todos esses, tudo o que faltava era...JESUS!
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