Usina de Letras
Usina de Letras
14 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62280 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22540)

Discursos (3239)

Ensaios - (10386)

Erótico (13574)

Frases (50667)

Humor (20040)

Infantil (5457)

Infanto Juvenil (4780)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140818)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6207)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->O DEFUNTO INFIEL -- 27/05/2010 - 16:08 (pedro marcilio da silva leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O DEFUNTO INFIEL



Como dizia o Tomé,
um apostolo de Jesus,
só vendo para se crer.
Com roupas ou até nus
é preciso ter certeza
se é água e não pus.

Quem é muito falador
desperdiça palavras
como só o lavrador
que a terra não lavra
desperdiça natureza
com luta que não trava.

Também tem ouvidora
que ouve com atenção
até o mudo que fala,
utilizando a mão
com dedos e gestos
e sons em combinação.

Falador e ouvidor
é um caso a parte.
Tem gente que vive só
mas vivendo com arte
é gente na multidão
que é luz e destaque.

É preciso o saber
para uma certeza
e não em acreditar
se falam sem nobreza
confundindo uma alma,
agindo com torpeza.

Fofocas e boatos
são as maledicências
como são as intrigas,
duvidosas ciências
e na vida dos outros
perversas ingerências.

Ás vezes a sua língua
uma chibata pode ser
como os seus ouvidos
nada podem entender
mesmo com a atenção
para tentar perceber.

É preciso ter cuidado
no ouvir e no falar
ainda mais no entender
pra melhor raciocinar
para, por não entender,
ter que se desculpar.

Conto um sucedido
difícil de acreditar
caso acontecido
no bairro de Irajá
quando uma família
triste estava a velar

um pai e marido que
deixando de respirar
no cemitério local
estavam a lamentar
a má sorte do homem
de conduta exemplar.

Era sentido velório
com muita choradeira
de prantos sonoro que
ouvia-se da primeira
a última capela,
em toda a fileira.

Quando ela apareceu
com um ventre enorme
dizendo que era tudo
pois não tivera sorte
com aquele defunto
que era seu consorte.

E eram as lágrimas,
dolorosas que sentia
vendo o amado morto
com suas mãos muito frias
que enquanto as segurava
um silencio se fazia...

E no princípio ninguém
entendia o que ouvia
e nem no que falava.
Era ouvir o que dizia
e não se escutava...
que se estabelecia

uma confusão danda
num cemitério local
na cidade do Rio.
Campo tradicional
onde descansam nobres
plebeus e caras-de-pau.

Diante da mulher
agarrada ao caixão
a família irada
joga coroas ao chão
deixando o defunto
e sua total perdição.

Traidor era palavra
doce, nessa situação
onde caos instalado
chegava a perfeição
da zona e balbúrdia
de má interpretação.

Nem sempre no que se vê
devesse acreditar
não é certa a visão
pelo seu simples olhar
é preciso entender
ou até mesmo decifrar.

Da mulher ora surgida
parecendo grávida
do defunto em questão.
Não passou na prática
da dúvida e, foi na
aceitação rápida.

O que é perigoso
podendo até magoar
e ferir mortalmente
ou até mesmo desonrar
um defunto honrado
que só queria descansar.

Estando na clínica
pouco antes do ocorrido
para tratamento mental
os médicos em perigo
sentiram a confusão
dentro dos seus sentidos.

22
Nunca se soube porque
na capela de Irajá
cismara com o morto
naquela hora H
em pleno velório
estando a prantear

nem porque a família
o defunto largara
sem lhe dar uma chance
de dizer se pecara
ou se era apenas caô
que ela lhe pregara.

calma, amigo leitor
eu sei mais não digo
palavras são perigosas
e você é meu amigo
mas tome bem cuidado
daquilo escondido.


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Perfil do AutorSeguidores: 5Exibido 434 vezesFale com o autor