Queridíssimo Guima
Não podes imaginar a falta que fazes por aqui.
A alegria fica pela metade e a Usina perde um pouco o colorido... As corezinhas de que já falamos.
"Coisa de vIado" lembras?
Isso!!!
Imagine, se vou chamar um ser fétido, mumificado, clone de Matusalém... De vEado... Não achas, pois, que eu faria isso a um animalzinho tão gracioso, ou achas?
Evidente que não!
VIADO...
Essa é a fortuna de nossa língua "tão brasileira": flexível, criativa e bela. Não bastassem cerca de 200 milhões de bocas
que o expressam, diariamente, quer no seu gracioso cotidiano simples, ou na forma culta leve, permissiva...... Haja superioridade!
A evolução, Guiminha, é própria de nossa raça mestiça, por natureza... Raça morena, sadia. Nosso Brasilzão de mulatas, bunda tão perfeita, de fazer cair o queixo a qualquer
"ibérico deslumbrado"...
Embora, como diz o intergalático Caetano, nossa língua ainda arranhe a de Camões, desembrenhou-se numa corrida gigantesca, impulsionada pelas exigências da "hodiernidade" (porra de palavra!), cujo lema é, e sempre será, ORDEM E PROGRESSO...
Está lá, no arquinho de nossa bela bandeira
verde-amarela a tremular.
Já notaste como o verde e o amarelo se combinam, na natureza florida? Nada ao acaso...
Em síntese:
De quem é o domínio?
Ah! Não me respondas... Sei que sabes.
Mas, o assunto que me trouxe não foi propriamente o da "dominância de nosso brasileirês". Não! Isso é fato. E fatos não se discutem.
Quero animar-te a comprar uma nova máquina, já que a tua está caídinha.
Vá, homem! Hoje compra-se tudo em três ou quatro vezes, até em dez...
Amanhã, vou à "Infobarra". Leo já anotou toda a parafernália que quer colocar dentro do bichinho. Diz ele que vai ficar rápido como o diabo. Ele conversava com o vendedor, pelo telefone. Pra mim, parecia estar falando em grego!
Como esses bichaninhos crescem, não é amigo?
Aparece!
Fico por aqui.
Dá lembranças minhas à viúva.
Beijo de queijo-minas!
Mila-Azul
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