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Cordel-->O Escultor ZECA -- 17/09/2010 - 10:18 (pedro marcilio da silva leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Escultor Zeca



A transformação se dá
no que tem que ser
e nunca no que foi
ou até poderia ser
sem nunca ter sido
ou vindo a renascer.


Era o que escondido
outro dia se revelou.
Ficava lá para trás
e depois se mostrou.
Era segredo profundo
que hoje se acabou.


O opaco que havia
hoje brilha e reluz
quem andava coberto
só vive andando nu
o que não te atraía
agora é que seduz.


A natureza de hoje
vem sendo entendida
com o melhor conceito
do que seria a vida
se ponto de chegada
ou se é de partida.


É a tal reconstrução
ou a mal reconstruída
que antes de sarada
nem foi feita ferida
e muito antes desta
nem tanto espremida.


É o jeito de desdizer
o que nunca foi dito
e para sempre lembrar
quem não foi esquecido
nunca se deixou de amar
ou deixou ser querido.


Zeca bebia por sede
que a alma ressecava
e até de certa forma
seu interior irrigava
com uma seiva pura
que no artista brotava.


Nas ruas garimpava
as matérias primas
que juntando produzia
como versos e rimas
um objeto de valor
apreço e muita estima.


A sua arte florescia
na descoberta nova
do novo que insurgia
como fato e prova
como um arauto em
seu alarde, sua trova.


Do tronco de árvore
um Cristo revelado
com madeira e pregos
é reverenciado,
pelos troços e trecos
que antes foi juntado.


violão jogado fora
toca hoje com cores
na ode jamaicana
não faltou nem flores
como regae Hendrix
seu som, seus amores.


A música lhe proveu
baladas ao violão
as ruas, os insumos
para a inspiração
numa caminhada
fazia uma canção.


José Figueira da Silva
foi um bravo escultor
do que jogavam fora
como bom transformador
fazendo muita arte
dava peso e valor.


De madeira e metal
com uma peça sua, Zumbi
no salão municipal
foi prateado por aqui
a cidade caxiense
pode a ele aplaudir.


Capixaba natural
mantinha traços bugre
como os antepassados
a delicadeza rude
era traço de caráter
força de atitude.


Gostava dos faraós
da sua civilização
da sua matemática
arte e decoração.
A cultura milenar
que tinha adoração.


Produziu muita arte
frutos da garimpagem
de suas caminhadas
talento e coragem
para ir se aceitando
homem e personagem


de Duque de Caxias
cidade das colinas
da lida namorada
suave nas campinas
e como dizia Solano
ele era uma menina


Uma menina de laço
como o poeta cantou
Bahia sem tantas igrejas
que um dia ele morou
como uma gente da arte
que por aqui fecundou.


Criando as raízes
estendidas por rincões
surgindo belos frutos
em novas criações
novo tempo surgido
pelas muitas migrações.


Zeca teve família
que de seu jeito amou
emprego e trabalho
pois que era trabalhador
fãs pela bela arte
que nos proporcionou.




Todo arvoredo é uma festa de pardais...o sol é uma festa de cores sobre tuas campinas.
É, o poeta tinha razão quando falava de sua Duque de Caxias. Parece que a cidade foi talhada para seus artistas, tantos os nascidos quanto os acolhidos. Pois que aqui tantos foram colhidos e semeados como os que por lembranças, agora recordo : Collares, Marcos Bonfim, Montes, Darcílio, Messias Neiva, Guilherme Peres, Moura, Romanelli, Rogério Torres, Gleiby, Paulo Ramos, Rodolfo Arldt, Irani Fonseca , Regina Caldas, Wison Viveiros, Amarílio Aguiar, Francisco Buscácio, Laís Costa Velho, Nélio, Solano Trindade, Renato Metralha, Élio Gaspari, Cantídio, Beto Cavaco e muitos outros que formam a estrutura cultural de uma cidade. Zeca fazia.








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