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Artigos-->Existe um instante em que não se respira -- 18/02/2001 - 18:02 (Dum De Lucca Neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Pessoas se contorcem,se batem, arrastan-se nas sarjetas. Como uma tarde empoeirada pelo delírio do irreal e da imperfeição, como uma noite perdida. Como um jogo, um sonho. Onde se corre, corre e corre, e nunca se atinge ponto algum além de um universo distante. Cambaleante nuvem de lentidão. Isso rompe com as fronteiras da Paulista com a Consolação. Isso mostra como cerejas avec champagne podem nos levar à sublimação ou à perdição. Depende do corpo onde se colocam esses pedaços helicoidais de carruagens brilhantes e decisivas. Vi a fisionomia de um assassíno. Ele era cruel, visceral e tentadoramente sexual. Sua língua escarlate rompia-lhe os lábios contraidos e embrutecidos. Ouvi então um reggae no rádio. Puta que pariu! Poderia ser Frank Zappa e suas desesperadas paródias satíricas atormentadas. Alaranjadas e iluminadas como todos os cantos dos brâmanes cegos que jejuam as margens do Ganges. Doce ilusão contemporânea.

Frescor e brisas, alucinações extracorpóreas, viagens astrais. Lembro do Eddie e seu imaginário real. Vontade de tomar tequilas, vendo pessoas se ignorarem pelas ruas da cidade, se matando com olhares sujos. Odores de incenso, saudades de alguém, sempre há alguém. Sorrisos e mordidas. Paris e Telaviv. Hesse e Sidharta. Discos voadores riscaram os céus de Lima em 1986, eu e Esther vimos. Tudo está preso num labirinto da mente. Amores, passados e convicções. Tudo mudou. Isso porquê os artístas de alma e loucos de convicção sofrem mais que os zumbis com suas pastas 007 merda e seus ternos impecáveis recheados de dólares sujos. Shit! One more shit! Enquanto isso a madre superiora tentava seduzir a noviça Saint Suzanne. Doce criança libidinosa. Diderot já pesquisava a sexualidade das avestruzes infiéis e a santa boçalidade da igreja católica. Royal beer, irish coffe. Segredos. A luz e a escuridão se tornam unas, mensagem de Ashtar Sharan, chefe da frota de astronaves dos planetas da via láctea. Guantanamera, persistente revolução dos sentidos, imediata versão. Amor, céu. Sentimentos idiotas nas ruas de Berlin. Mortes repugnantes pelo mundo, loucuras em Israel entre misseis e molotovs. Trevas sobre um sonho em que flutuo como um veleiro. Ninguém pode semear discórdia nas relações reais. Como um sexo aprendiz.

Isso porquê nuvens de algodão são como lua, um enorme pedaço de queijo gruyeré furado até a alma. Sinto os esgotos subirem até o céu. Tristes criaturas entre o lixo da grande cidade. Lágrimas perdidas entre palavras que remetem a alguém. Doce e completa alucinação. Ponte de desejos. Incerta e amável mulher, tentada a se desvencilhar das garras da segurança amordaçada. Aquela que mata o ser independente e uno. Engulindo a seco. O passado é claro e o presente pode ser um doce futuro. Semeadura e cosmos. Sei que antes de entrar e sair existe um momento em que não respiro. Você geme baixinho, e se entrega duplamente a mente eterna e me tem na mente da alucinação que atravessa e afunda no mar. Quando você vem e me envolve em espírito, pergunto se são memórias ou realidades. Mais cervejas. Então, subitamente, uma sereia puxa o pescador para o fundo infinito do mar Egeu. Aquele onde os astronautas se perdem fugindo da Medéia. Onde os argonautas transam com Édipo e Prometeu. Então, surgiu do nada Orson Wells e desqualificou todos os caramelos e camelos da Place Concorde. Apenas uma corrida contra o tempo. Sacudindo os cabelos ao vento. Tentando te levar para uma ilha deserta. Para Pinhal. Onde o sol toca a lua e se vê oito cidades.Casais apaixonados têm o espírito ligado em alto tesão. Como uma égua no cio aveludando uma praia entupida de surfistas ignóbeis. Translúcidos e alucinógenos momentos quando estamos frente a frente, olhando de perto nossas chamas revoltas.

Espaço sideral, planetas coesos, mundos em colisão. Tormento guardado em uma gaveta. Assim há um movimento rápido. Uma difusão de elétrons dinâmicos e robustos como um orgasmo que está por vir. EXPLOSiON. O primerio é o último e o último é o primeiro. O TAO do amor completo dentro do útero. Existe uma harmônia na ordem universal dos olhares suados e densos. No destravamento dos peixes. Na disfunção. Na idade da razão. No Deus celeste central. Nas poucas amizades reais. Porque quase tudo o que se toca é lixo. Caos da modernidade atormentado pelos dedos toscos de poeta metralhando o teclado, as palavras. Às vezes sem piedade. Tão docemente como um soco no estômago, como a primeira vez que ouvi Janis. Apenas conclusões, espasmos ideológicos, espirítuais e de amor. Sentimentos e desilusões exatas. Devemos retroceder nossa memória, até o primeiro beijo. Tudo não passa de coisa séria. De uma espaçonave extraterrestre. Volto para a janela, noite de verão. Mordo minha língua. Vontade de La Paz. Eras e períodos, mudanças biológicas, raça em mutação, triste alegoria, santa sincronicidade. E Sheakespeare atacou uma prostituta na Roçinha. Sacrosanta maldade exalada em doses excessivas de medo. Purple Haze hendrixiana. Kasper Hause entre suspiros e afins. Vejo da minha janela Orion e Alpha Centauri. Telas nos antigos museus, gares, streets of London, mundo, mundo. Apenas felicitando alegorias à que não tenho permissão da ação. No paraíso oriental. Bêbado sobre um computador. Lá fora, a metróple ferve.

Estou vivo. Absurdamente eletrificado, ouvindo Madonna, ligado a arte, a filosofia, encanado em Diderot. Amargamente vivo entre a volaticidade e o obscurantismo intelectual. Ouvindo Stones as quatro da manhã. Paris, nem imagino. Perdido entre discos e livros. E, depois de mergulhar nos manuscritos sagrados do Tales From Topographic Oceans existem muitas coisa que não entendo. Nenhuma correspondência. Motocicletas que amei. Antiga e fatal paixão. Seul arrasta-se pela alma até a sua aliviadora eletricidade. Beatles 4 ever. Apenas um poeta atrás de um verso perfeito que possa emocionar sua amada. Quem sabe as águas geladas e acalentadoras saibam recompensar os esforços e retribuir os meus versos e o meu amor. Devoção alucinógena e latente, verdadeira. Trevas e fog into the void. I see flying saucers in the sky. Jatos rúbios pelos céus. Existem poucas chances de sobrevivência. Pânico e solidão a bordo do navio. Um continente para se abrigar, prá depois perder. Pânico e solidão com sitetizadores e guitarras flamejantes. Face da lua. Porrada. Teus gemidos ardidos penetrando nos meus tímpanos urgentes e herbívoros. Palavras, informações, distorções, alucinações. Tensões, amor. Nobody is perfect.







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