Os loucos
De Georg Heym
Junho 1910
Sai a lua da parede de amarelada nuvem.
Loucos penduram-se em vigas,
como grandes aranhas nos muros grudam-se.
Dirigem suas mãos ao longo da cerca.
Em salão aberto vê-se o dançarino voar.
A bola dos loucos está lá. De repente, grita
a loucura. O berro se espalha longe,
todos os muros tremem com o barulho.
Ele fala consigo mesmo sobre lagosta,
o médico segura um louco com força.
Ele esvai-se em sangue. Seu crânio está quebrado.
A massa dos loucos parece prazerosa.
Eles correm, porém, quando o chicote estala longe,
e rastejam como ratos no chão.
Fonte: Projekt Gutenberg
Die Irren
Juni 1910
Der Mond tritt aus der gelben Wolkenwand.
Die Irren hängen an den Gitterstäben,
Wie große Spinnen, die an Mauern kleben.
Entlang den Gartenzaun fährt ihre Hand.
In offnen Sälen sieht man Tänzer schweben.
Der Ball der Irren ist es. Plötzlich schreit
Der Wahnsinn auf. Das Brüllen pflanzt sich weit,
Daß alle Mauern von dem Lärme beben.
Mit dem er eben über Hume gesprochen,
Den Arzt ergreift ein Irrer mit Gewalt.
Er liegt im Blut. Sein Schädel ist zebrochen.
Der Haufe Irrer schaut vergnügt. Doch bald
Enthuschen sie, da fern die Peitsche knallt,
Den Mäusen gleich, die in die Erde krochen.