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Artigos-->Rodovias do abacaxi -- 03/09/2002 - 15:05 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O governo federal, apesar da sanha de Fernando Henrique Cardoso em privatizar as empresas públicas, não consegue encontrar interessados nas estradas federais do Norte do País.

É que os grupos nacionais de grande porte, que ganharam estradas no Sul e Sudeste, só querem o considerado filé mignon do asfalto, onde os motoristas pagam muito e recebem pouco em troca dos incontáveis pedágios.

A vontade das empresas administradoras é tanta que em estados como o Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo os motoristas chegam a enfrentar cinco pedágios em distâncias consideradas curtas, algo em torno de 300 quilômetros.

Os motoristas reclamam, os fretes aumentam e Fernando Henrique não consegue destinar verbas para as estradas mais problemáticas, como as do restante do País.

As do Norte-Nordeste são os patinhos feios, sem chance de virar cisne.

A falta de interesse das empresas que ganham o direito de concessão obriga o governo federal a conservar as estradas, embora não haja interesse da administração neoliberal em mantê-las.

Isto faz com que os habitantes das regiões menos densas demograficamente sejam duplamente penalizados, uma vez que falta tudo, inclusive respeito do governo central para as distantes províncias.

Além de morar em regiões cujas estruturas estão abaixo da condição mínima, os habitantes do Norte e Nordeste ainda são penalizados com péssimas estradas, onde boa parte do asfalto é apenas uma tênue lembrança, e a falta de condição de rodagem aumenta o preço dos fretes e do custo de vida.

A falta de interesse do governo federal em manter as estradas ajuda a manter a miséria do Norte e do Nordeste.

Curiosamente nestes setores do País o governo federal espera ganhar a maior quantidade de votos e fazer o sucessor de Fernando Henrique.

A população mais pobre, além de não ter consideração do governo federal, ainda é previamente destinada a escolher o abacaxi e perpetuar a posse do trono para as elites eleitorais do Brasil, sem estrada, sem saúde, principalmente sem educação, e sem direito à cidadania, que por erros estratégicos de governos anteriores, ficou atrelada ao asfalto.

Resta perguntar quando as estradas dos abacaxis serão lembradas pela administração central e haverá o resgate da CIDADANIA dos cidadãos nortistas, nordestinos e brasileiros de modo geral.

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