Olhar distante a perder de vista!
O querer contrariado na salmoura da espera!
Os lábios ensaiando uma pronúncia diferente!
As mãos levitando para não cansar
 .; os braços pelo exacerbado pedir! .;
Os pés em repouso dormitam para uma nova caminhada!
Não existe a sesta!
Não há barulho algum excetuando o bater do coração!
As lembranças surgem cravando adagas que ferem e
elas, embora machuquem, não incomodam mais!
 .; Outro dia fechando a cortina para o palco da vida!
Fui a vida deste dia findo,
sou o fim deste dia alimentando
 .; um suspiro para recomeçar,
talvez, noutro dia que irá nascer com
 .; o passamento da noite que nasce abrindo a lua!
Olhares distantes!
Triste solidão!
©Balsa Melo
02.04.06
Cabedelo - PB
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