Jesus ensinava na igreja, mas encontrava forte oposição por parte dos chefes dos judeus.
Jesus opunha-se a um templo opressor; na verdade aquela disposição teológica servia mais para aniquilar a liberdade do povo do que liberta-lo dos seus pecados.
Tudo o que era dito naqueles centros tinha por objetivo a submissão política da grande parte da população. Servia também para a manutenção no poder dos corruptos que estavam a serviço das forças imperiais.
Percebendo isso, Jesus tentava mostrar que não era com sacrifícios físicos alheios (bodes expiatórios) que as máculas se apagariam. Afinal os rituais tinham que ser renovados todos os anos e havia a exclusão.
O governo político da cidade, e dos centros trabalhavam contra as instituições locais, e sempre a serviço da mão invasora, vinda de fora, representada pelo império da força, da guerra, da morte e destruição.
Nosso mestre, numa ocasião, afirmou ser a porta por onde se deveria entrar no templo. Ele falou assim: ”Eu garanto a vocês: aquele que não entra pela porta do curral das ovelhas, mas sobe por outro lugar, é ladrão e assaltante.” (Jo 10, 1).
O curral no caso é uma alegoria do templo; de certa forma Jesus confrontava os chefes dos judeus chamando-os de ladrões e assaltantes.
Jesus dizia ser a porta das ovelhas, por onde elas deveriam entrar e que todos os que vieram antes dele eram mesmo assaltantes e biltres. Em Jo 10, 9 ele proclama: “Eu sou a porta. Quem entra por mim, será salvo. Entrará, e sairá, e encontrará pastagem. O ladrão vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância. (jo 10, 9-10).
Jesus Cristo e seu reino diferem totalmente do mundo pagão que objetiva somente a aquisição material. Na verdade o reino de Jesus Cristo, Nosso Senhor, confronta toda essa política chamada desenvolvimentista cuja conseqüência mais evidente é a degradação da vida no planeta.
A mão imperialista quando lançou suas garras sobre a terra submissa dizia desejar o progresso econômico da região. Era realmente o progresso material que os exploradores desejavam, mas o progresso deles.
Atrás de si as forças imperiais deixaram muita violência, destruição, morte e indignação.