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Poesias-->SONHOS DE CRIANÇA -- 19/04/2006 - 20:10 (Maurício Santanna) |
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Eu brinco com o amargo da vida
E zombo das caras tolas,
Os idiotas brigam por tudo
Que não vale a pena.
O palco da insensatez é um cenário,
Nele desenho uma gravura colorida,
Destruo as palavras ríspidas
Com declarações de amor.
A quem importa se alguém busca no instinto natural
A compensação do que irracionalmente lhe é negado?
O mundo se perde por isso!
Prefiro vender sonhos recheados de açúcar.
Traço o meu caminho como um rio
Que muda de intensidade a cada estação,
Mas estarei sempre presente
Pra refrescar a mente de quem precisar.
Muitos só conseguem olhar
O pingo de tinta que caiu no papel,
E outros se interessam por ler nas linhas tortas
O que se pensou em dizer, mas não se teve coragem.
A minha carruagem é o meu sapato velho
Que me leva por onde automóveis não conseguem ir,
Vou regendo minha vida com tinta azul
Me perdendo e me encontrando em cada esquina.
O limite do que eu quero
Não se mede em moedas,
Mas nas expressões suaves e derretidas
Dos sorrisos das crianças.
Já que chegou a hora já vou andando,
Levo apenas o meu chapéu surrado,
E a certeza de que encontrarei pousada
Nas casas em que se consomem os sonhos de boa vontade.
.....Os direitos estão reservados.....
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