Mãe é um metrô de trem,
um vulcão de Zen,
o alto astral da dor,
é autêntico avental de aço.
Mãe é um senão,
um Senna no fogão,
uma cena do coração,
é vida prolongada.
Mãe é todo sim,
sem analogia é campeã,
irmã da poesia,
é prima do milagre.
Mãe é companheira,
é mista de santa e amante,
fumante dos filhos,
seu vício maior.
Mãe não se explica,
consome-se numa xícara de chá
com torradas e sequilhos,
ama-se-lhe por inteiro.
Ser Desigual
Para Lindalva B. Araújo
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