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Poesias-->Ida -- 06/05/2006 - 15:37 (Maria Luiza de Monteiro Marinho) |
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Num difuso despertar
me curvo perante a vida
à espera da morte
Se vivo, faço-o meus
seus gestos e falas
cubro-me de negro
pois necessito não ver
não tocar
não sentir
não amar
Breve irei - de vez -
para o vazio do não sei
encontrar-me com ninguém
sob a terras de todos nós
Vou de mal com a vida
Vou de bem com o fim
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