Convido-te ó donzela
de corpo esguio gazela
a dançar a dança dos amantes
com corpos distantes
se aproximam em alva noite
corando estrelas
desnudando fetiches
e a silhueta do teu corpo transparente
penhoar revelam tuas curvas
enquanto sinto o odor almiscarado de tua pele
teu corpo divina estátua grega
ao meu tórax se agrega
enquanto bocas se misturam
encontro de almas gêmeas
em gostos de tropicais frutas fêmeas
já embriagado com tua polpa suculenta
solvida jazem sementes
e corpos ardentes
impregnados e cúmplices
despetalando rosas e margaridas
em dança de pássaro beija-flor
exalando perfumes e vida
jorrados numa sincronia perfeita
virando líquido único
inconfidente estrela maior
nos aquecem e nos humidessem
em lágrimas e gozos
extasiados e silentes
estrelas reluzem presentes
em clara noite de corados desejos
em futuras claras noites de pálidas estrelas