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Contos-->VOSSA CAIXA -- 15/04/2005 - 09:22 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
VOSSA CAIXA


Fernando Zocca



Naqueles dias Edbar B.I. Túrico estava tão enfermo, mas tão enfermo que confundia, nos delírios que só a pinga lhe proporcionava, diabete com tia Bete.
As mulheres agressivas e histéricas residentes no seu quarteirão, quando discutiam, despertavam horrores no delirioso.
No passado longínquo (naquele tempo em que o Calhambeque do Roberto Carlos era objeto da moda), ele e seu amado irmão Edbar Jadeu E.Q. Jaéra, a fim de precaverem-se contra as tempestades e furacões femininos, tencionaram fundar a ABATL (Associação das Bibas Autônomas de Tupinambica das Linhas).
Se não fosse a fraqueza moral, causadora do alcoolismo, um obstáculo intransponível, por certo a cidade enriqueceria com outra instituição louvável.
Edbar conhecia muito mais do que 337 bibas. Essa quantidade de prováveis usuárias dos serviços da entidade, seria suficiente para manter os proveitos que pretendia prestar à classe.
Nas reuniões da diretoria, seria servido às divas, somente Martini Bianco. E para manter a paz, necessária ao deslinde dos encontros, a polícia Tupinambiquence seria avisada com dias e dias de antecedência.
Nos planos dos Edbares haveria espaço para 137 mesas individuais onde as donzelas se postariam a fim de acompanhar o desenrolar das ocorrências diretoriais.
Mas com algum esforço, e apertos prazerosos, cerca de 164 gazelas seriam servidas. A cidade nunca veria, em tempo algum, tantas bibas dengosas e festivas assim reunidas.
Na portaria do prédio haveria uma inscrição enorme com letras góticas assim grafadas: "INFLUÊNCIA ESPIRITUAL É O MESMO QUE HOSTILIZAR À DISTÂNCIA"
Edbar B. I. Túrico, não se sabe se por conseqüência do último surto psicótico, antes da décima internação, falava aos quatro ventos, postado no centro do seu quintal, que o estupro havido naquele tempo, foi praticado por um dos irmãos, contra a donzelinha sequiosa por querer descobrir as causas da injustiça, existente no fato de terem os meninos, aquele negocio dependurado entre as pernas, enquanto que ela a mais bonitinha, fofinha e lânguida, nada possuir além duma área lisa e rachada.
Edbar B. I. Túrico antes de ser conduzido ao hospital, teve de submeter-se a uma entrevista com o doutor Low K.Ura no posto de saúde da Vila Dependência de Tupinambica das Linhas.
Da reunião ele saiu mais chateado ainda. Para consola-lo uma enfermeira exortou-o a não se amofinar. E objetivando anima-lo contou a seguinte história: "Dizem que a conversa com doutor Low K. Ura é tão deprimente, mas tão deprimente, que até um peixe vermelho, que ele tinha lá no aquário, no seu quarto de dormir, suicidou-se pulando ao solo, por uma fresta da tampa. É que se vendo na solidão, durante as madrugadas insones, o doutor passou a desabafar com o infeliz."
Mas como Edbar B. I. Túrico, tinha mais tempo de sanatório que lagartixa de escalada, deixou tudo por isso mesmo, fazendo corpo mole. E lá se foi o desditoso de novo, deitado na maca da ambulância estridulante, rumo a mais um frutuoso período de repouso.



Leia também: O MAPA, AUXILIO ESPIRITUAL, A SHANA SEM e A MEIA-LUA.
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