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Cordel-->AMBULANTES NA PRAIA DO FORTE -- 20/07/2011 - 10:19 (pedro marcilio da silva leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Cai Bemmmmmmmmm
gritava a plenos pulmões
um negro esguio e luzidio
que era o rei dos pregões
com o seu sonoro cai bem
todos os dias, nos verões.
 
Um dia era rainha de Sabá
outro a princesa Salomé
ia puxando seu carrinho
sempre vestido de mulher
alegria de altos e baixinhos
vendia muito seus picolés.
 
Vez por outra desaparecia
e a sua ausência era notada
dizia ter ido para a Europa
ou andando pelas noitadas
más línguas em boca pequena
disseram que ele fora rifada

Como vai meu empresário?
Dodó vai logo se chegando
debaixo de um chapelão
os seus óculos anunciando
protetor dos raios solares
deixam olhos descansando.
 
Já foi vendedor de camarão
que usava muita tecnologia
deixando o crustáceo no gelo
congelando por muitos dias
vendia na praia como fresco
pois ao derreter ele se mexia.
 
Também o homem melancia
pois seu chapéu é dessa forma
que é só para chamar atenção
e não contrariar as normas
vende muito os seus picolés
desfila na praia muito prosa.
 
 
A mais famosa das empadas
que há muito tem na cidade
pensavam ser delas seu dono
famoso baiano Zé Trindade
mas é do Luis esse delicioso
petisco em sua saborosidade.
 
Português bom é o portuga
com seu bolinho de bacalhau
a guloseima é a mais famosa
mesmo fora da época do natal
este é o bacalhau do portuga
que na Praia do Forte é o tal.
 
O Gerson agora é só cerveja
que antes coco também vendia
bom de conversa, bom falador
contando causos que arrepia
vendendo água e refrigerante
tem senso, equilíbrio, simpatia.
 
Hoje, Marizete e a família
têm salgados bem saborosos
lembram até os de Heraldo
que foram os mais famosos
assim como os da Radical
que são bem primorosos.
 
São muitos e bem variados
ambulantes e mercadorias
são cocos, empadas, doces
também deliciosas iguarias
sorvetes, açaí e camarões
são delícias quentes e frias.
 
Até o pirulito de açúcar
é anunciado pela matraca
de uma moça nordestina
que não vai negar a raça
vendendo os bons bocados
com boa vontade e graça.
 
Voltando ao bom camarão
que nunca sai da jogada
eu vejo passar o Orlando
em suas largas passadas
com uma bandeja na mão
e suas vestes alinhadas.
 
Bem diferente do Luciano
e sua barriga avantajada.
Ainda bem que a Potira
deixa a dupla equilibrada
mantendo o clima ameno
e a cerveja bem gelada.
 
De coco também Claudete
é uma ótima vendedora
assim como o seu marido
vendendo uma produtora
de água na boca e desejos:
as suas pizzas tentadoras.
 
O Bruno com a sua irmã
vende as tortas da vovó
umas gostosuras caseiras
que parecem pão-de-ló
que acalenta sua fome
descendo sem fazer nó.
 
São alguns ambulantes
desse cenário praiano
jóia na orla atlântica
como brinco do oceano
recebendo seus turistas
com nobreza todo ano.
 
Praia das areias brancas
de pegadas ornamentadas
pelos pés dos ambulantes
em constantes caminhadas
pois seus serviços deixam
fome e sede sossegadas.
 
Eu não posso esquecer
do Chicão e suas pulseiras
vendendo os seus picolés
com arte e boas maneiras
e a vendedora de pelinha
que caminha às carreiras.
 
São vendedores de rede,
mariscos, bonés, mantas
sombrinhas, brinquedos
pipas, doces, lembranças
a até de sonhos que isso
a gente nem se espanta.
 
Na interação entre todos
alguns são os preferidos
de um grupo entre outros
que por outros são queridos
tanto quanto bem outros
que até se tornam amigos.
 
Essa relação só se perde
quando outros ambulantes
por interferências políticas
de interesses conflitantes,
invadem a praia aos montes
com suas goelas gritantes.
 
Só aparecem na hora do filé
em feriados e altas temporadas.
Os ambulantes permanentes
é que são os bons camaradas
que trabalham em parcerias
e deixam as amizades seladas.
 
























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