Quem sabe a morte
Possa doer menos.
Ouvir do tempo
A engrenagem dos dias,
Um ruído vivo
Que rói os músculos
E apura a consciência.
Nessa ciência
Que mora ao lado,
Um corpo físico
Encerra a sua sorte.
E mais do que isso!
Uma palavra laminada
Corta a alma,
Feri onde ninguém vê,
Mata em silêncio
E só quem senti
Pode morrer.
CANALHA
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