NINGUÉM
Poema de Antonio Miranda
para Donaldo Mello
Não há princípio nem fim
na eterna diáspora
dos astros
tresloucados
deslocando-se
aos confins
do universo
em expansão.
O tempo não existe
para as estrelas
mas elas fenecem
e, de vê-las, fico triste.
Sem sombra e destino, também vagarei.
Hei de seguir o mesmo curso de ninguém.
Brasília, 14/06/2006
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