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Poesias-->CONCURSO -- 03/01/2001 - 23:32 (Eustáquio Mário Ribeiro Braga) |
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Sigo o caminho sem curso
Sem pedra ou barreira
Com versos na algibeira
Tentando apenas fazer o transcurso
[do milênio segundo para o terceiro]
Vou pelo longo percurso
No curso vou
Com ou sem curso
Concurso
Sou intruso?
Não. Sou aprendiz de poeta
Escrevo na contramão do tempo
Em curso estão os estudantes
Querendo notas para passar de ano
Transcurso de menina adolescente
Baile de debutante e versos no diário
Empilho poesias na estante
Poemas aos montes junto com apostilas, livros e discursos.
Tudo feito no pulso
Sem contar o tempo
Sem saber a quantidade
Sem avaliar a qualidade
Sem saber o padrão de qualidade
Amando os filhos defeituosos
Dizendo não ao aborto de obras
Com obras prematuras na incubadora
Passei em mais um concurso vestibular,
E talvez serei letrado
No curso sem fazer cursinho
Em difícil concurso
Na universidade estarei recluso
E farei “rap” de “universiotário”
Que serão publicados em banheiros
Ou jogados em bueiro
Devido aos pés que recebi no “traseiro”
Só porque tentei divulgar “de grátis” ao mundo inteiro
Como Guimarães Rosa e outros grandes escritores
Não me aterei à tirania da gramática
Ou qualquer outra idéia pragmática
Sou das exatas. Matemática.
Sim. Sou contabilista contador de estórias
Faço versos até para a escória
Miséria e fome já passei
Mesmo assim alguns lindos versos criei.
THA©KYN
22/12/2000
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