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cronicas-->Guerra ao cupim -- 26/12/2003 - 20:30 (Christina Cabral) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Deu cupim no meu guarda roupa!
O cupim atacou no Natal!
Percebi uma pequena frincha na perede do fundo do meu guarda-roupa, na hora em que fui pegar uma toalha de banho. Pressionei-a com o dedo e ela afundou. Cutucando a madeira conglomerada ela se desfazia em pó. Que horror! Fui retirando as roupas e pondo-as em cima da cama enquanto continuava a cutucar aquela parede, tão linda, lisa e pintada de branco. Ela se desmilinguia debaixo dos meus dedos. Bichinhos bandidos, sabidos, piores que mineiros para trabalhar em silencio! Comeram tudo sem deixar rastro pelo lado de fora. Me digam, como é que o cupim sabe até onde deve roer para se manter escondido? Agora vejam a minha situação: véspera de Natal, mil coisas para fazer, para providenciar e uma montanha de roupas e trecos em cima da minha cama. Oh, céus, que poder o meu de guardar badulaques!
Quando ouvi o barulho da Kombi, corri e fui esperar o marido no portão. Abri os braços como sempre e gritei: "Querido deu cupim no nosso guarda-roupa!" Ele murchou o sorriso fechou as vastas sobrancelhas e explodiu: "e esta agora!" Quando entrou naquela barafunda de quarto e deu com o armário todo esburacado, vociferou: "você precisava descobrir este descalabro logo hoje! As madeireiras estão fechadas, como é que eu vou ajeitar este desastre?" Eu sorri com carinho, morta de pena do coitado e sai de mansinho. Não foi de fato uma descoberta brilhante e, o momento dos piores!
Mas como sóe acontecer ele arregaçou as mangas, chamou nosso filho Paulo e começaram a destruir aquela mansão de cupim. Eu me meti na cozinha, mergulhei na confecção dos bolos, sopas suecas (hum! querem a receita!) Enquanto os dois se esbaldavam levando num carrinho de mão aquela massa fedorenta, do quarto para o quintal. Meu guarda-roupa ficou desfundado. Esta montanha de roupas, cabides, toalhas, bolsas, sapatos, caixinhas e caixetas e mil guardados que uma dona de casa esconde nos seus domínios, estão atravancando o nosso dormitório. E o distinto ainda me grita: "Não entre lá! o cheiro de bolor e inseticida vai te fazer mal! Eu descobri que houve uma infiltração na parede pelo cano do banheiro e por isso umedeceu toda estrutura do fundo do armário. Não foi só o cupim que fez o estrago, foi a umidade também"."Oh, Cristo, quer dizer que vamos ter que arrebentar a parede?" "Lógico! E se você quiser me dar um ótimo presente de Natal, não fuce mais nada! Não meta este teu dedo de verruma em coisa alguma!"
Eu timidamente, passando pela varanda, levantei os olhos para o forro, onde manchas de bolor se ressaltavam, restos das chuvas de Outubro, ouso dizer: "querido já que você vai ter que concertar e pintar a parede do quarto, não poderia aproveitar e dar uma mão de tinta na varanda?" "Christina, ele berra, feche seus olhos ou tire os óculos, não veja mais nada, pelo amor que você tem à própria vida!" Mesmo bravo, eu adoro ele!
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