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Infantil-->O SAPO PURURU -- 09/02/2003 - 00:51 (lira vargas) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O SAPO PURURU

Na grama do jardim de uma linda casa, o sapo pururu falava sozinho.
__ Aprendi a pular com a dificuldades da vida, um mosquito aqui, outro lá no alto, um menino tentando apedrejar-me, e tome de pulos, tome de pulos.
Na escuridão da noite, e nos cric cric de outros sapos e rãs um passarinho tentava dormir e debatia as asas, trocava de posição e nada. Com aquele falatório do sapo pururu, não conseguia dormir, ouvindo aquela conversa sem graça do sapo. No alto do céu as estrelas brilhavam iluminando o jardim, fazendo do infinito o manto misterioso de Deus.
E o sapo pururu continuava a falar:
__ Já pulei pedras, já subi os degraus daquela casa, até pulei na piscina, a madame saiu gritando com medo, chamou o jardineiro, a empregada, o garoto que passava de bicicleta e até a policia. Aquela gritaria deixou-me bem assustado na sadia da água da piscina e assustado esperei toda aquela multidão feroz que tentava matar-me. O jardineiro aproximou-se, lá de baixo olhava as caras daquela gente odiando-me, as mãos do jardineiro vagarosamente foi aproximando, segurava uma rede, tremi de medo, ao pegar-me vi a morte de perto, suas botas imensas, e um objeto encostado na parede, fiquei sabendo que era uma inchada. Quando sorriam aliviados, já era uma presa indefesa na rede. O jardineiro, lentamente afastou-se da multidão, na rede, já previa meu fim, olhei com saudade do jardim, da casa da piscina e até do menino que jogava pedra quando via-me embaixo das pedras. Na rede, preso, indefeso, senti até o vento secando meu corpo, meus olhos, e permiti uma lagrima de lamento, um choro de medo. Vi do alto uma moita, e o jardineiro jogou-me nela, salvando minha vida. Que alivio! Ninguém ficou sabendo, ele disse que havia me jogado do outro lado do muro numas pedras. Dei uma risada, olhei suas botas se afastando, quase pulei no jardineiro para agradecer, mas fiquei na minha.
E o passarinho, resolveu desistir de dormir, e ficou prestando atenção àquela sapo pururu falador.
__É ...acho que já fiz de tudo, mas o meu maior desejo mesmo é subir lá no céu e passear nas estrelas...
O passarinho ouvindo o desejo do sapo pururu, desceu da árvore e foi ao encontro do sapo
__Ei, há horas tento dormir, ouvi seu desejo, você que mesmo passear nas estrelas?
__Sim, é o que mais quero. Respondeu o sapo pururu.
__Então vamos. Disse o passarinho
O sapo pururu subiu nas asas do passarinho, subiram, subiram...Mas quando o passarinho não pode mais... cairam, cairam, e já sabiam que era morte certa.
O sapo pururu e o passarinho caiam, gritando pôr socorro.
Mas pôr sorte cairam num lago muito grande. O passarinho ajudado pelo sapo pururu nadou até às margens.
Ao chegaram, havia uma pedra. Ambos descansando do susto suspiravam aliviados. De repente o sapo pururu viu o reflexo das estrelas nas águas do lago. O sapo pururu falador, olhava as estrelas no fundo do lago e pulava feliz. O passarinho, sorri aguardando a chegada do sol. E ouviu o sapo pururu
__Ah! Que bobagem minha, as estrelas estão aqui tão perto...
O passarinho sorrindo disse ao sapo pururu
__Agora você faça silencio, as estrelas estão ai. Breve o sol chegará e tenho muito trabalho durante o dia.
E o sapo pururu disse:
__Um dia quero Ter asas, para pular lá nas nuvens.
“Sapo pururu falador e teimoso” disse o passarinho aconchegando-se num galho da árvore.
Lira Vargas








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