Um dia...
Paulo Nunes Batista
Cadernos e cadernos rabiscando,
aprendiz do prezinho da poesia,
montes de versos venho acumulando
nessa incansável busca da Estesia.
Às vezes, uma imagem, saltitando
brota da versalhada sem valia,
e eu, Eterno Menino vadiando,
sinto-me alado e morro de alegria.
Sou passarinho namorando a Vida.
E vou cantando a glória colorida:
trago o céu a sorrir dentro de mim.
Por isso, nunca perco essa Esperança
de que à Poesia, em passe de Bonança,
um dia, cedo ou tarde, eu chegue enfim.
Anápolis, 17-10-2004
|