Numa torre, o som de um sino,
E, cá embaixo, uma escada,
Levando ninguém a nada...
Coisa de gente sem tino,
Pois a algum lugar, de certo,
Ela levaria a gente.;
Mas findava, abruptamente,
Na parede de concreto.
E, por não servir p ra nada,
A pobre escada sofria
Num caracol de agonia,
Até ver-se reparada
De sua dor, ao ser galgada
Pelos passos da poesia.
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