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Textos_Religiosos-->Hino de acolhida de Bento XVI -- 11/05/2007 - 10:27 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Acesse http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM656444-7823-LANCAMENTO+DO+HINO+DE+ACOLHIDA+A+BENTO+XVI+EM+SP,00.html e ouça o início do "Hino da Acolhida".


Hino oficial de acolhida de Bento XVI no Brasil

Título: Bento, bendito que vem em nome do Senhor
Autor: Frei Luiz Turra

BENTO, BENDITO O QUE VEM EM NOME DO SENHOR
BEM-VINDO! BEM-VINDO! NOSSO POVO TE ACOLHE COM AMOR!

1. Tu, que recordaste ao povo: Deus é amor
Vens anunciar de novo: Deus é amor.
Com a Mãe Aparecida, nos confirmas: Deus é amor.
Tu proclamas para América Latina: Deus é amor.

2. Na diversidade, unidos, Deus é amor.
Proclamamos decididos: Deus é amor.
Nós queremos ser discípulos de Cristo. Deus é amor.
Missionários para todos terem vida, Deus é amor.

3. Entre sombras e esperanças, Deus é amor.
Caminhamos na confiança: Deus é amor.
Novos rumos, novos tempos esperamos. Deus é amor.
Nesta quinta conferência, celebramos: Deus é amor.


***

O hino de acolhida ao Papa Bento XVI no Brasil
Fala o Assessor de Música Litúrgica da CNBB, Frei Luiz Turra, OFM, autor da canção

www.zenit.org

SÃO PAULO, quinta-feira, 10 de maio de 2007 (ZENIT.org).- O assessor de Música Litúrgica da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Frei Luiz Turra, OFM, é o autor do Hino Oficial de Acolhida ao Papa Bento XVI em sua visita ao Brasil, com a música “Bendito o que vem em nome do Senhor”.

Entrevista concedida a Zenit, o Frei fala de música sacra e também da composição da canção que marcará a viagem do Papa ao país.

--A música sacra parece ser um convite sempre renovado e atualizado à unidade proposta pelo cristianismo, não? . Como o Sr. vê essa questão?

--Frei Luiz Turra: Em cada época histórica, a arte revela e ao mesmo tempo influencia na modalidade da própria cultura. Assim como a arte é um reflexo, ela também é um agente de transformação. E na vida da Igreja, a arte sempre esteve muito presente nesse processo. Aliás, a própria Igreja sempre foi mecenas, defensora e promotora da arte, em todos os sentidos. Quanto a questão da música litúrgica, nem se fala, porque ela sempre foi na Igreja o grande veículo da palavra. O canto gregoriano (que tem um estilo muito simples), se canta numa única voz, e geralmente num estilo recitativo, pois é uma forma de dar um grande valor à palavra, não tanto a uma música rebuscada, mas o valor em si da palavra, que é veiculada através da melodia gregoriana.

O canto gregoriano sempre foi na Igreja, desde São Gregório, o estilo oficial, e poderia dizer que ele é o canto raiz de toda a música da Igreja. É claro que a polifonia, principalmente em momentos renascentistas (o estilo barroco também) sempre foi acentuado como uma forma solene de expressão. E em nossos dias, após o Concílio Vaticano II, se buscou incentivar os corais, chamando o povo a participar nas liturgias, porque antes do Concílio, as liturgias eram muito passivas no sentido de participação. O povo ia mais para assistir à Missa, para ouvir, para ver e viver um momento devocional. O Concílio Vaticano II tem a participação como uma grande chave de renovação, por isso também se propôs um ritmo participativo na música litúrgica.

Agora é claro que, como sempre quando aparece um novo tempo e uma nova interpelação, é muito fácil ocorrer a lei do pêndulo, dos 8 aos 80. Sendo assim, condicionado pelas tendências culturais do nosso tempo com as características mencionadas, quase se desprezou ou se deixou muito de lado a contribuição dos corais e da polifonia, e acredito que isso foi uma perda muito grande para a Igreja, que certamente aos poucos a história terá que reconstruir. Estamos em meio às influências das tensões da cultura pós-moderna. O fato é que a música vive atualmente um momento de imensa fecundidade, mas também uma grande confusão, não só de estilos, mas também de ritualidade. Hoje, a música ritual está bastante sofrida, porque se canta qualquer coisa, em qualquer momento, muitas vezes sem nenhum critério. Penso que hoje, uma das grandes questões da pastoral litúrgica é trabalhar com a orientação para o bom uso da música no rito da Igreja, para que a palavra esteja realmente a serviço do anúncio da boa nova de Jesus Cristo.

--Como a Igreja, com a sua riquíssima tradição, no bom sentido da palavra, tradição de trazer o que há de melhor e de excelente na história, conseguirá dialogar com a cultural atual, de tendências tão dissonantes?

--Frei Luiz Turra: É claro que hoje a Igreja tem um desafio muito grande quanto a esse diálogo. Ocorre que o mundo tem o seu caminho, o povo tem os seus estilos, e a Igreja não pode perder de vista a finalidade pela qual apóia e compõe a música e, acima de tudo, se serve dela como instrumento celebrativo e também de evangelização. É claro que dentro disso é possível determinar um pouco as características de alguns estilos, porque há a música pastoral apropriada para a animação e motivação de grupos e até multidões, como também a música adequada para a serviço da liturgia, no momento celebrativo. Então, não é de qualquer maneira que se deve cantar, por exemplo, as partes da Missa. Há momentos de concentração, onde se chama para o perdão e para uma mudança de vida, e também onde se convida para o louvor. Agora, o louvor também tem a sua medida, não pode ser uma extrapolação, por exemplo, de barulhos e sons desordenados, de maneira nenhuma. A música tem que ter a sua melodia adequada, e também a sua harmonia. O que ocorre, em nossos dias, é que infelizmente se abandonou muito a teoria musical, tanto na formação dos sacerdotes e do povo em geral. Hoje, a música vem muito mais ao espontâneo do que de uma maneira ordenada, por uma teoria musical, com normas de composição, de harmonia e etc. É claro então que estamos pagando muito caro o preço da falta de formação, e colhendo os frutos de um longo período de quase abandono da música teórica em nossa formação religiosa e sacerdotal. Mas penso que há uma consciência de se retomar tudo isso para tentar um melhor ordenamento. Nesse sentido, vejo que, no momento atual, há uma fecundidade de movimentos na vida da Igreja, com muitos estilos, que trazem o risco de uma certa confusão, que a Igreja – longe de ser repressora – deve ter uma palavra de orientação. A Igreja, com sua teologia litúrgica, tem uma palavra de orientação muito clara para a escolha dos repertórios e também para a orientação dos estilos dentro da própria liturgia. Como seria bom que realmente dentro dos critérios litúrgicos e teológicos e também pastorais, pudéssemos valorizar as raízes da música brasileira. Isso é muito recomendável, inclusive, as expressões musicais das diversas regiões do Brasil, com os estilos muitos ricos, conforme cada situação regional. Esse é um trabalho que, com certeza, temos que fazer.

--O Sr. falou de um certo abandono e descuido da formação musical. Como viabilizar a atualização da atmosfera do sagrado no rito litúrgico?

--Frei Luiz Turra: Nesse sentido, a CNBB tem um projeto muito claro e determinado, que é a questão do hinário litúrgico. Ele se caracteriza por cantar a liturgia o melhor possível, assegurando-se basicamente na Palavra de Deus, tendo como fonte os escritos bíblicos. O hinário é uma proposta que vem sendo trabalhada há muito tempo na Igreja do Brasil, e que, aos poucos, vai sendo conhecida. Já temos uma experiência em diversas paróquias e regionais, com um caminho bem percorrido, que nos mostra que a liturgia, quando realmente bem cantada, se torna muito mais densa e menos dispersa, pois um dos problemas dentro da celebração de hoje é a dispersão. Muitas vezes, a palavra de Deus fala de um tema, e os comentários ou mesmo os cantos tratam de outra temática. O hinário litúrgico tenta valorizar, não só o tempo litúrgico, como também os momentos característicos dos nossos ritos e celebrações. Sendo assim, o hinário litúrgico tem que ser muito trabalhado e enriquecido com composições que, com certeza, respondam aos diferentes estilos de nossas regiões. Sem dúvida alguma é um grande projeto para nós resgatarmos ou renovarmos o canto litúrgico no Brasil.

--O Sr. é o autor do Hino Oficial de Acolhida ao Papa Bento XVI, em sua visita ao Brasil, que estará entre nós até domingo, dia 13 de maio, para a abertura da V Conferência do Episcopado Latino Americano e do Caribe. Como foi essa experiência?

--Frei Luiz Turra: A experiência de hoje é decorrente da experiência positiva de ontem. Quando João Paulo II veio pela primeira vez ao Brasil, foi feito aquele belíssimo hino, “À benção, João de Deus”, que marcou profundamente a Igreja.

--Foi um retumbante sucesso...

--Frei Luiz Turra: Incrível. O papa João Paulo II gostou demais. Ele mesmo cantava o hino, pois se sentia em casa e muito bem acolhido com uma canção em que o povo todo expressava as boas-vindas e o seu carinho por ele. Quando o papa recebia algum brasileiro no Vaticano, logo que o via começava a cantar “À benção, João de Deus”. Então, me parece que tornou-se uma tradição, que começou modestamente, e que contagiou a todos, pois os autores daquela composição foram felicíssimos. Agora, o Santuário Nacional de Aparecida e a TV Aparecida, com o apoio da CNBB, também pensaram em fazer um hino oficial de acolhida do Papa Bento XVI, tendo como projeto a expressão: “Bendito o que vem em nome do Senhor!”, baseado no Evangelho de São Lucas. Ao receber o convite, entre uns vinte compositores, procurei contribuir, de modo muito simples. Até fiz de maneira rápida, em questão de duas horas. Procurei tecer uma poesia que fosse fecunda com a melodia. Então, ao compor o hino, logo imaginei: “Bento, Bendito o que vem em nome do Senhor”, pois o Papa vem em nome do Senhor. Todas as estrofes procuram lembrar a Conferência de Aparecida, e também Nossa Senhora Aparecida, o lema da V Conferência, “Discípulos e Missionários de Jesus Cristo para que todos os povos N’Ele tenham vida”. Tudo isso foi me ajudando na composição, principalmente, sua encíclica, Deus Caritas Est, (Deus é Amor). Pensei então em fazer as estrofes em forma litânica, em que um solista vai enunciando e o povo vai respondendo Deus é Amor. Dessa maneira, proclamamos o que é o foco principal do pontificado de Bento XVI, que é Deus é amor. Além disso, facilitamos o povo a não ter tanto papel em mão, porque se o povo responde Deus é amor em todas as linhas do canto, é muito fácil aprender, como já fizemos experiência, no grande ensaio dia 25 de março, em Aparecida, onde foi lançado o CD para todo o Brasil. O nosso hino é uma linguagem simbólica de acolhida, de comunhão, de participação e, acima de tudo, de abertura, para que o nosso povo realmente não só dê boas-vindas ao Papa, mas à mensagem que ele irá pronunciar. Uma mensagem, com certeza, carregada de muita esperança, mas também de compromisso, de proteção e promoção à vida, em todos os sentidos.

[Por Hermes Rodrigues Nery, professor e jornalista, Coordenador da Comissão Diocesana em Defesa da Vida, da Diocese de Taubaté (São Paulo)]
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