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Artigos-->Adolescência -- 13/09/2002 - 04:18 (Marcos Eduardo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Do latim adolesco, que significa “crescer, desenvolver-se”, é a forma incoativa do verbo adoleo, cujo radical, oleo, relaciona-se a “olor” ou “odor”. Isto significa que o adolescente tem um odor característico, determinado pelas imensas transformações fisiológicas da idade: é a passagem da infância à maturidade, a partir de 12 anos para os meninos, um pouco antes para as meninas, estendendo-se até os 18 anos, mais ou menos. Esse importante período da vida humana apresenta os seguintes aspectos:

a) aceleração do crescimento;

b) aparecimento dos caracteres sexuais secundários;

c) vida emocional fortemente influenciada por preocupações de natureza sexual;

d) rápido amadurecimento da mentalidade;

e) intensificação da sensibilidade, bem assim do sentido ético e estético;

f) manifestação de impulsos e tendências;

g) diversificação de interesses;

h) aumento de espírito crítico;

i) culto à própria personalidade;

j) preocupações altruístas;

l) vacilações religiosas;

m) intensa afetividade;

n) acentuação do instinto gregário;

o) ânsia de prestígio;

p) timidez e arrogância;

q) inconformismo;

r) passagens inesperadas, do excessivo entusiasmo a profunda depressões. Muitos psicólogos comparam a passagem da infância à adolescência como um segundo nascimento, como outra vida que começa. Sobretudo os pais (porque também mestres) devem entender que deixa de servir ao adolescente, na quase totalidade, o método de educativo que se vinha impondo à criança. Em lugar do menino ou da menina, aparece em casa, de repente, o rapazinho, a mocinha, com anseios e idéias próprias, e aos quais portanto já não se pode aplicar pura e simplesmente o princípio da autoridade paterna ou pedagógica. Escreve o educador Fernando Bastos de Ávila S. J. : “No primeiro período, anterior a adolescência, só é usual um método de educação. É o método autoritário: Impor comportamentos e atitudes à criança para equipá-la de hábitos que a preparem para a vida. Mas depois que a criança entrou na adolescência, e que se afirma como pessoa, só há um método eficaz: é o da colaboração. Os pais, pelos seus exemplos, principalmente, e pelos seus conselhos, colaboram com o adolescente à base de uma absoluta confiança mútua. A ausência total de autoridade só produz autônomos ou libertinos; o excesso de autoridade prepara revoltados”. Ao adolescente pelo seu turno, cabem algumas “tarefas”, que R. J. Havinghurst chamou de “evolutivas”. Tarefas evolutivas são as que se impõem ao indivíduo em certo período da sua existência. Quando bem realizadas, conduzem ao êxito em tarefas posteriores, e, consequentemente , à felicidade. Quando realizadas parcialmente, ou não realizadas, produzem desaprovação da sociedade, dificuldade ou impossibilidade de realização de tarefas posteriores, e, portanto, infelicidade. Segundo R. J. Havinghurst, as principais “tarefas evolutivas” da adolescência são as seguintes:



Aceitar e aproveitar ao máximo o próprio corpo.

A adolescência é a idade em que o indivíduo deve experimentar satisfação ou pelo menos tolerância com respeito ao seu corpo e a maneira pela qual este se transforma durante essa época da vida. Deve aprender a utilizá-lo e a protegê-lo de modo efetivo e com verdadeira satisfação pessoal.



Estabelecer relações sociais mais adultas com companheiros de ambos os sexos.

O adolescente deve aprender a considerar as meninas como mulheres e os meninos como homens; deve chegar a ser adulto entre adultos e aprender a trabalhar com os demais para fins comuns.



Chegar a ser independente dos pais e dos outros adultos, dos pontos de vista emocional e pessoal.

Cabe ao adolescente tomar as próprias decisões em assuntos pessoais como: a escolha de uma profissão, vestimentas, amigos, cônjuge. Deve, ao mesmo tempo, manter afeição e respeito pelos pais e adultos, sem depender deles.



Escolher uma ocupação e preparar-se para ela.

São necessárias, na adolescência, as decisões a respeito do trabalho que ocupará a vida do indivíduo e da preparação adequada para sua realização.



Desenvolver o civismo.

Esta tarefa evolutiva envolve patriotismo, compreensão das responsabilidades do cidadão, altruísmo social, etc. espera-se que os jovens assumam crescentes responsabilidades para o bem da comunidade e do país, e que observem um conduta de acordo com as leis e costumes imperantes.



Desenvolver uma identidade pessoal, uma escala de valores e uma filosofia de vida.

O adolescente deve adotar uma escala hierárquica de valores, para que possa agir de modo inteligente e efetivo na direção de sua vida e no trabalho com os demais. Por isso mesmo, há autores que se referem a adolescência como “idade das indagações”, do começo de uma filosofia de vida, na qual o indivíduo interroga, procura, discute, afirma ou nega com convicção.

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