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Cronicas-->MILITANTE DA VIDA -- 03/01/2004 - 22:25 (Maria Luiza Kuhn) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MILITANTE DA VIDA

Adoro me dar presentes. Roupas, sapatos, bolsas, flores, livros, lençóis de algodão... Jóias não. Não tenho nada contra, meu saldo bancário é que não gosta muito e eu não posso brigar sempre com ele.
Mas gosto de me dar outros tipos de presentes: Um jantar regado a bom vinho, um papo legal, uma noite de amor, uma pequena viagem, uma travessura com meus filhos, um filme de arte, banho de cachoeira (meio raro), e coisas assim.
Dia desses me convidaram para ir ver Elisa Lucinda no Teatro São Pedro em Porto Alegre.. Como sou apaixonada pelas suas poesias,negociei algumas horas de folga, peguei um "buzão" (apelido de ónibus no dicionário do meu adolescente) e me fui a Porto.
Parem de falar mal da rotina. (nome do espetáculo) Nunca vi ninguém falar mal de certas rotinas: dia azul, crepúsculo, primavera, lua cheia,beijo na boca, colo de mãe... É mais ou menos assim que começam quase três horas que passam em apenas segundos na nossa impressão.
É um vulcão. Uma imensidão de mar. Uma floresta amazónica. Um pampa gaúcho. Uma mesa posta cheia de iguarias dos Deuses. Uma festa da alma. Imagina festa da alma: Um lugar enorme, lindo, claro, iluminado, brilhante e todo mundo saltitando, rindo e transbordando amor.
Senti-me misturada às cores do teatro, me senti um ponto da luz de cada lustre, me senti no palco, porque Elisa Lucinda faz a gente viajar para o melhor que carregamos em nós.
Ela ama a poesia, vive da poesia e faz da poesia seu chão e seu céu . Desmistifica a poesia, Ensina poesia, e joga à platéia ondas de energia , mexendo com toda a gente. Falei com muitas pessoas ao final e todas compartilhavam uma certa euforia meio desentendida.
O espetáculo (que não é monólogo, não é peça, não é recital,) é uma coisa tão do cotidiano, tão real, tão feliz, tão cru e tão lúdico ao mesmo tempo. É tão o máximo. Tudo de bom. O espetáculo é Elisa Lucinda.
Ela fala na rotina. Diz que isto não é um bicho que invade de repente o nosso espaço.(A cena do bicho papão chamado rotina é bárbara) A rotina é o que deixamos ser. É um cárcere que construímos.
Ela também fala muito nos "eu te amo" que economizamos. Já viram economia mais besta esta?
Ela fala de vida, de pulsação, de emoção... E eu fiquei a pensar que nos contentamos na maioria do tempo em "ir vivendo".
Que é isso? Precisamos uma sacudida. A vida é um presente novo a cada dia.
Sem essa de "ir vivendo".
Elisa Lucinda, com licença, tomo emprestado tuas frases: Sou uma militante da vida; Sou uma militante da preservação da espécie humana. O senhor humano destrói sim , mas é o senhor da construção.
É o que eu quero acreditar .
É pelo que eu quero viver.
Adoro me dar presentes. Principalmente quando acerto tão bem o meu gosto.

maluizak@yahoo.com.br

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