Faculdades de medicina, cursos profissionalizantes, escolas,livros técnicos, horas e horas de pesquisas, investimento na engenharia de criação de equipamentos, formação de profissionais habilitados e todo o progresso da ciência podem simplesmente não surtir o efeito desejado na oferta das curas ou consolação dos aflitos.
Por isso muitos recorrem aos curandeiros que prescrevendo substâncias, usando gestos, palavras ou meios outros quaisquer, fazem diagnóstico e aplicam beberagens danosas e deletérias. Tais agentes violam o disposto no Artigo 284 do Código Penal Brasileiro.
Quando o sujeito não tem título e nem habilitação para prescrever remédios, chás e procedimentos que supostamente levariam a cura, francamente está abusando da sorte e da boa fé daqueles que se sujeitam a tais práticas. Está cometendo crimes previstos na legislação penal brasileira.
A credulidade, a extensão do território, a falta de escolas e o analfabetismo imperante, são as variáveis independentes de que se valem os de mau caráter sempre dispostos a tirar vantagem da ingenuidade alheia.
Os curandeiros fazem cirurgias espirituais, prescrevem substâncias, recomendam rezas e orações, determinam despachos nas encruzilhadas, impressionam os desalentados e exploram a bone fide dos desesperançados.
Quando médicos cometem erros, humanamente possíveis, têm o juízo da sua entidade de classe a passar em revista os atos e procedimentos que conduziram a tais conseqüências.
Quando médiuns enganam-se na prescrição medicamentosa, provocam danos físicos com instrumentos cirúrgicos e até matam, impedem aos prejudicados a obtenção da justiça reparadora, na medida em que não têm uma associação que responsabilize.
Por isso ou a sociedade pune com rigor a violação da lei ou revoga os dispositivos que impedem tais práticas, assegurando aos usuários de tais serviços as garantias iguais que podem ofertar aqueles que estudam e se preparam para o exercício de uma profissão.
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