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Cronicas-->O jeito tranquilo e simples de dona Ditinha -- 28/09/2000 - 02:06 (Humberto Azevedo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Para começo de conversa
Antes de entrevistar a dona Ditinha, Benedita Barbosa de Magalhães, fico um pouco em frente ao escritório de advocacia do filho caçula dela, Francisco Magalhães Júnior, que me diz que a dona Ditinha não ia muito gostar de tirar as fotografias, por causa do seu jeito simples e sossegado. Dali entro na casa, onde sou recebido pela filha Mariàngela que me pede para sentar na sala de visitas. A casa de dona Ditinha fica na avenida Dr. Delfim Moreira, 241. Ao me sentar no sofá Mariàngela vai até as dependências da casa para chamar a mãe para a sala de visita.
Dona Ditinha não demorou nem uns três minutos para se acomodar na sala para começar a falar um pouco de sua história, da sua origem, dos sete filhos, da convivência com o famoso marido, professor Francisco Magalhães Ribeiro, o professor "Chico Fumaça".
Com voz baixa, tênue, tranquila e sem mudar o tom de voz uma única vez, dona Ditinha vai relatando um pouco sobre sua história. Nascida há 74 anos em Catadupas, hoje Cachoeira de Minas, ela sempre residiu com a família no bairro Cachoeirinha, as margens de Santa Rita do Sapucaí. "O meu pai, José Ferreira Barbosa Dias, era um senhor muito austero, que sempre exigia muita franqueza na relação com os filhos". A mãe de dona Ditinha, Julieta do Nascimento Barbosa, teve 11 filhos. Todos criados na terra onde Pedro Thomé dos Santos, futuro dono da Pensão Santa Clara em Santa Rita do Sapucaí, se destacava como um importante militante pessedista daquela cidade na década de 40 e 50.

O casamento e o avó retratista
Um dia antes da conversa com que este repórter teve com dona Ditinha, nesta quinta-feira, 21 de setembro de 2000, o dia anterior era o aniversário de casamento que estaria completando 49 anos, se o professor "Chico Fumaça" vivo fosse. O professor Francisco Ribeiro teve dona Ditinha como uma eterna companheira por 42 anos. O professor veio a falecer em 1993.
O casamento deles se deu em 20 de setembro de 1951, cinco meses depois de se conhecerem na época da Semana Santa daquele ano. Na época o futuro professor Francisco era um seminarista e estudava para se tornar um padre. Porém, o amor-relàmpago entre os dois falou mais alto que uma possível vocação de Francisco Magalhães para o sacerdócio.
Após o casamento eles foram morar na fazenda de propriedade do sogro Afonso Marcílio Magalhães, na qual viveram por seis anos. Lá na fazenda, dona Ditinha "costurava para todos na fazenda", como diz ela mesma. "Na época, não se existia os bonés que hoje encontramos em qualquer loja, a gente tinha que produzir na máquina de costura para que os trabalhadores da fazenda pudessem enfrentar o sol", relata. O que hoje habituamos a chamar de boné, naquela época tinha o nome de casquete.
Fátima, a terceira filha de dona Ditinha, participou do início da entrevista e estávamos todos conversando sobre algo, quando o repórter fotográfico, Melqui Júnior, se achega na residência da persona desta edição. "Meu avó era um grande retratista, mas eu nunca gostei de sair em fotos", comenta e risos. "Mas, eu vou tirar algumas da senhora e a senhora não vai nem perceber", comentou o fotógrafo.

Texto publicado no jornal Minas do Sul em 23 de setembro de 2000
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