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Erotico-->Já ia comer a loura quando... -- 07/01/2004 - 12:28 (Juca Gado) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Para comer aquela loura eu bolei um argumento dos mais canalhas: "Se você tirar seu vestido, vai evitar que nele respingue urina. Imagina só, você, numa festa, com perfume de xixi..." "Eca!", convenceu-se a Vênus de Botticelli, e, levantando-se, começou a despir-se. E, bróder, ela era uma beleza, linda, linda. Os cabelos loiros iam quase até a cintura. Aquele cheiro de mulher-menina... Acredita que ela tinha até marca de biquíni? Só que, como já disse, tantã feito uma tábua. "Ih, ficou duro", espantou-se assim que voltou à sua função."Pois é...", respondi. "É o meu problema..." - "Que engraçado!", disse a outra, abaixando-se para observar o estranho fenômeno.
Neste momento, lembrei-me de um amigo com quem dividi apartamento em Brasília. Foi o cara mais canalha e chauvinista que conheci. Mas tinha a mesma lábia do banqueiro anarquista do Pessoa. Fazia as maiores sacanagens com várias garotas ao mesmo tempo. Não tô falando de suruba, por favor, acho que você me entendeu: um dia uma, noutro outra. É, o cara tinha a manha de levar umas garotas super gatas lá pro apê, transar a noite inteira e, pela manhã, sair de fininho deixando-as a tomar café comigo. Depois elas ficavam telefonando e ele nada. E era cada figura de quem outro cara diria: ah, com essa eu me caso. É, pode rir, teve uma por quem fiquei caidaço sim. Conversamos a manhã inteira. Toda vez que ela ligava, ficávamos horas ao telefone. Após algum tempo de tempestade mental, feito quem se propõe a lavar a honra, quis estrangular esse meu amigo. Fui tomar satisfação e ele: "Pô, véio, não curto mulher fácil não..." Não curte??! Então por que... "Uê, véio, eu tenho culpa se tudo o que dou pra elas é o que elas mesmas pediram? Elas querem é pau, pinto, caralho, saca? E, além disso, tô fazendo um verdadeiro serviço social..." Comecei a rir. Ele: "Sério, cara, isso é sério pra caralho. Não tenho nenhuma doença contagiosa, meu tio é urologista, tô sempre por lá pra fazer uma revisão e sempre uso camisinha. Não dou porrada, não sou grosso, sou gente boa, engraçado e faço todas elas gozarem. Você já deve ter notado que não tem nenhuma com mais de vinte e quatro anos de idade, né. São todas aborrescentes. Se a garota não aprende em casa a agir como adulta, aprende depois de ser sacaneada. E pra isso nada melhor do que ser ignorada, após uma super lua-de-mel, pelo seu suposto príncipe encantado. Vai por mim, véio, tem muito casal estável por aí que não existiria se eu não tivesse comido a garota antes..." Pois é, o cara era super boa pinta, bonito pra cacete, e muuuito filho-da-puta. As figuras passavam mal. "Depois de passarem bem..."
Exatamente! E o cara realmente acabou se casando, anos depois, com uma mulher mais velha do que ele e nem tão bonita assim. Na verdade, eu até a achei meio feinha... "Bom, mas e o seu problema de mijar?"
Ah, tá. Então: a sósia da Christie Turlington tinha se abaixado pra olhar meu pau ereto. Hoje vou ter uma polução noturna, pensei. E elas ficaram lá, tentando direcionar o "doentinho" pra dentro da privada. Era incrível, tudo muito real. Inclinei-me, meti uma mão num dos seios da tal Eva e outra no decote da morena. Seios de verdade, macio-duros, a pele suave, os mamilos foram ficando eretos, elas lá reclamando que eu estava fazendo cócegas, atrapalhando o serviço.
"Não tá saindo nada", suspirou a loira. "Você quer mesmo fazer xixi?"
A idéia estourou repentina: "Faz o seguinte, moça: sabe quando a gente quer tirar gasolina do tanque dum carro com uma mangueira..." "Sei." "Pois então. Faz a mesma coisa."
A morena franziu o cenho: "Mas a gente não tem nenhuma mangueira por aqui!" A loira concordou.
"Você tá brincando que ela disse isso..."
É verdade, ouve só. Eu: "garota, faz de conta que isso que você tá segurando já é a mangueira, você só tem de chupar..."
"Aaah...", fez sorrindo e, imediatamente, começou o serviço.
Nossa, aquela inocência tipo Marilyn Monroe me pirou a cabeça. Fiquei assim por dentro: minhas gatas, vocês são minhas gatas, minhas odaliscas, meus tesões, assim, isso, chupa, linda, deixa eu te segurar pelo cabelo, pelo cabelo-arreio, isso, nesse ritmo, segue esse ritmo, assim, acompanha meu braço, empina a bunda, gatinha... meu Deus!, você tem covinhas nas nádegas!...
"Peraí, você ficava falando essas coisas desse jeito?"
Se liga, cara, eu disse que isso era o que ia passando pela minha cabeça. Ninguém pensa direito nessa hora. Eu sei que é ridículo, mas a gente fica é com mania de diretor de cinema, querendo criar uma mise-en-scène, saca? Sem blábláblá. Por que você acha que a mulherada reclama tanto da nossa mudez sexual? Pode sair uns eu te amos e tal, mas eu nem conhecia essas duas aí. Meu pensamento era tipo humm, vai, sua puta, sua loira gostosa, chupa tesão, olha pra mim, não, sem parar de chupar, isso, isso, fica me olhando, assim, agora vem morena, quero te beijar, levanta, vai, levanta sua gostosa, vem cá..."
"Ai! Não puxa meu cabelo!"
Então tá, chupa aí você então, meu, sai loira, sai Eva Herzigova, deixa ela agora, ajoelha, morena, empina a bundinha, isso, isso, deixa eu levantar seu vestido, puta calcinha te... nossa!, você chupa muito mais tesão, vai, caramba, que delícia, que cena, vem cá loira, levanta...
"O que qui foi?"
"Deixa eu fazer uma coisa que vai ajudar."
"Tá."
Aí ela se levantou, eu a agarrei pela cinturinha e caí de boca nos peitos dela.
"Já imaginava..."
O negócio ficou super animal. Excitação pura. Cabeça entupida de sexo, sexo, sexo. E as duas estavam curtindo! Nessa hora, além delas, só me veio à mente uma daquelas surubas do Henry Miller. Olhei pro delta loirinho da loira, em pé ao meu lado, e pensei: vou meter quatro dedos, que nem ele!
"Quantos detalhes..."
E aí aconteceu. Você nem imagina...
"Você enfiou cinco dedos e uma azeitona?"
Ra ra.
"Você gozou, claro, essas coisas acontecem..."
Que gozei o que, amigo! Muito pior: alguém muito forte me agarrou por trás!!
"Era o Mike Tyson com o punch duro, eu suponho."
Não, engraçadinho, a princípio não dava pra ver quem ou o que era aquilo. Só sei que era bem forte e chegou a me levantar do chão. Eu berrava, me larga, filho-da-puta, me solta, o que é que você tá fazendo?, me solta, porra!
"E te soltou?"
Que nada, o figura foi me levando pra fora do banheiro, as duas minas ficaram lá dentro com cara de bundonas, e eu só sentia que o desgraçado era enorme de gordo, muito pegajoso e fedorento, uma coisa asquerosa. Aí ele começou a rir, aquele bafo de infecção dentária na minha nuca. E detalhe: riso de mulher! Uma puta mulherzona!!
"Mulher-zona ficou ótimo!"
Ela, então, me carregou até um quarto no fim do corredor. Estava meio escuro, só dando pra notar uma cama de casal e, numa parede, um big espelho. Ela me segurava contra o peito feito uma adolescente com seus cadernos. E eu ali, sem as calças, esperneando sem qualquer sucesso, dando chutes, beliscões, o escambau. Quando paramos ao lado do espelho, ela se virou e eu pude ver a cara da figura. Tinha um olhar demente, os cabelos em pé.
"Me solta, sua maluca!", gritei, aflito.
Ela tornou a rir: "Agora você vai fazer amor comigo também, meu homem...", e começou a lamber minha nuca, meu pescoço...
"Nossa, que meda!"
Que meda é apelido, cara, você precisava ver o tipo, parecia aquelas mulheronas dos filmes do Fellini, só que peladona, descabelada, a pele encardida e um cheiro de cecê capaz de trucidar um motorista de caminhão de lixo. E o pior: ela começou a segurar meu pau! Claro que eu já tava mais que brochado, né. Só que a situação toda me deixou tão agitado que, aproveitando que ela me mantinha apenas com um braço, escorreguei pro chão e saí quicando feito gato jogado num balde d água fria. Corri esbaforido até a sala do meio, onde parei tentando raciocinar, sem saber onde me esconder . Ainda tava ali, tentando apreender o que se passara, quando ouvi as risadas.
"O que foi que aconteceu, Ivan?", começou Angelina, toda animadinha. "Você foi mexer o quadril pra virar o corpo na cama e perdeu as calças?"
Montes de risadas. Fiquei tão envergonhado que comecei a sentir o ambiente se desvanecendo, como se, para fugir ao constrangimento, eu começasse a me desligar do sonho. Mas foi aí que aconteceu uma coisa muito estranha. Quando parecia que eu já ia acordar, alguém botou a mão no meu ombro e eu senti uma forte descarga elétrica que, ao invés de me causar dor, deixou-me numa paz de espírito incrível. E tudo ficou muito mais nítido do que antes! Olhei para trás e me deparei com um figura, de terno e gravata, que mais parecia um executivo da Avenida Paulista.
"Vamos sair daqui?"
"Vamos", respondi com plena confiança. "Mas deixa eu buscar minha calça lá atrás..."
"Mas você já está com suas calças."
Olhei: era verdade. Sonhos. A gente nunca pode se deixar levar por eles.

Juca Gado
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