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Cordel-->ZÉ BODOQUE I U TREM LIGÊRU -- 21/03/2012 - 17:55 (Hull de la Fuente) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

 

 
 
 
 
""
 
 
 
Zé Bodoque i u trem ligêru
 
 
Zé Bodoque enfatiotadu
Pegô muxila e u chapéu
Eli fora cunvidadu
Prum casamentu em Ilhéu.
Du seu primu João Ferrêra
Cum uma doci brejêra
Mudava di mão u anél.
 
Quano chegô na estação
U trem já tava paradu
Zé Bodoque cum emoção
Oiava tudu assustadu.
Era su’a prêmera veiz
I andava pra mais di mêis
Cum intistinu afroxadu.
 
Zé Bodoque no vagão
Foi um cabôcu educadu
Pra todu istendeu a mão,
Meiu insiguru i suadu.
Quano u trem movimentô-si
U cabôcu assustô-si
Ficô friu e amareladu.
 
O trem seguia cortanu
Do véio trilho u traçadu,
I Zé Bodoque suanu
Num achanu nada ingraçadu.
Suas tripa remexia
E as perna ele contorcia
Pra não fazê u desejadu.
 
Foi intão qui siá Cotinha
Muié robusta i bondosa
Li amostrô uma portinha 
Com sua voz carinhosa:
_”Ocê entra pur ali,
É adondi nóis faiz pipi,
I as tais urgênça gasósa”.
 
Zé Bodoqui apressadu
Agardiceu siá Cotinha
Entrô nu postu indicadu
Mais quasi fôrça num tinha.
Quanu ele sentô nu vasu
U trem num dessis acasu
Feiz a marcha carrerinha.
 
U ventu varreu us trilhu
Levantô pedra I poêra
Atingindu seus fundilhu
Foi aquela disgracêra.
O qui descia vortava
Mas si as tripa aliviava
Us fundu era só porquêra.
 
Trem legêru finarmenti
Diminuiu sua currida
Deu folga pru penitenti
Com suas anca firida.
Meia hora si passô
Zé Bodoque si alimpô
E a Deus gardiceu a vida.
 
“Brigadim meu pai eternu,
Eu quasi fui ingulidu
Passei nas porta du infernu,
Mais eu mi agarrei cunTigu.
Ao vortá pra meu ranchim,
Qui u Sinhô mim dê pra mim
Uma mula e tô servidu…”
 
 
 
 
Hull
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