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Erotico-->UNHÃO -- 08/01/2004 - 14:31 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Escrever: ato sem o qual não vivo proveitosamente. Tenho esse hábito desde a remota adolescência, que diga-se, por sinal, ocorreu há bem pouco tempo.
Alguns escritores informam que redigem com base nos fatos que presenciam, ouvem ou vivenciam. Uma amiga escritora contou-me que, na fila do banco, à espera de sacar um cheque polpudo, alguém às suas costas dizia à outra: “... era bem vermelho, tinha um cheirinho de maçã, liso e macio.; seu gosto era meio adocicado.; e quando bateu com ele na mesa, querendo mostrar a sua resistência, mostrou-se firme e compacto...”
Minha amiga ao tentar classificar o tal objeto não percebeu quando a senhora da frente caminhou acompanhando o seu antecessor. O lapso de tempo que ocorreu provocou a admoestação do pingueiro que estava lá no fim da fila, exalando aquele espírito específico de quem é versado na ingesta de caninha brava.
Minha amiga prosseguiu no relato: “as duas mulheres estavam afogueadas. Rubras riam e tentando cobrir os lábios, com as mãos e os papéis que traziam, a fim de evitar o estardalhaço que a profusão dos sons produzia no ambiente, abafavam o cacarejar”.
Minha colega continuou contando suas aventuras bancárias. Ela repetia o que uma das interlocutoras falava: “daí então ele mandou que viesse ao quarto um litro e meio de laranjada. E que fosse sem açúcar. A unhão que ele viu na mulher funcionária do motel deixou-o horrorizado. Estava suja e bem que poderia ter mergulhado dentro daquela jarra, aparentemente limpinha. Ele me perguntou se eu ia mesmo beber aquele suco. Ele achou que deveria reclamar ao gerente sobre aquela falta de higiene. Por isso colocou um roupão e saiu estrepitosamente do quarto. Quando voltou, veio com um mocinho de trejeitos femininos atrás de si. Usando o mindinho da mão direita como se fosse o indicador, apontava-o em direção ao Ricardão ameaçadoramente exigindo sua retirada imediata do local”.
Mas o ato de escrever está intimamente ligado a outro importantíssimo: ao da leitura. Não existe escritor que não seja leitor ávido. Numa de minhas incursões aos sebos caiu-me nas mãos um livro em que se classificam os loucos. O autor descrevia os delírios e um deles era o da invenção. O outro era o delírio do envenenamento.
Se o Leonardo Da Vinci tivesse vivido nesses nossos tempos, e se recusasse a submeter-se ao regime industrial e mostrando-se propenso ao ócio, certamente teria sua liberdade tolhida sob acusação de estar tomado pelos delírios da invenção.
As vítimas dos golpes “Boa Noite Cinderela”, há alguns anos atrás, seriam sumariamente internados nas clínicas psiquiátricas, caso alegassem que alguém as pretendia envenenar.
O difícil seria suportar 21 eletro-choques, logo na primeira semana de internamento.
Cada tempo com suas loucuras e formas de dominação.




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