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Artigos-->É CHEGADA A HORA -- 15/09/2002 - 11:44 (Domingos Milton Sande Vieira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
É CHEGADA A HORA



Domingos Vieira



O momento anunciado pelos profetas e videntes em relação a uma hecatombe mundial está às nossas portas. Para compreender o que está em jogo é preciso é preciso que o ente humano, cada um de nós, compreenda a si próprio. Nossa verdadeira natureza está além do alcance do conhecimento e é completa, imensurável e atemporal. O corpo, os sentimentos e o pensamento surgem como modulações do nosso ser. Pertencem ao tempo, estão sujeitos à mensuração – ainda que parcial – e não são completos em si mesmos. Estão sujeitos à dissolução, são transitórios e, portanto, insubstanciais. O temporal é um pequeno aspecto do todo da vida.



Quando, por falta de investigação, nos identificamos com o que é incompleto, ou seja, com aspectos do nosso ser total, nos pomos imediatamente em busca do sentimento de completude, pois essa é a nossa verdadeira natureza. Todavia, ao nos identificarmos com o que é incompleto, aparentemente nos restringimos ao fenômeno e é nele que buscamos, vãmente, superar o sentimento de ausência, de carência, de insuficiência, de não-completude.



Na nossa vida diária, necessitamos de alimentos, roupas, morada, prazeres; necessitamos de fatos que despertem e mantenham os nossos sentimentos, emoções e paixões; e necessitamos de conhecimentos. Esses fatores correspondem aos aspectos incompletos do nosso ser e são da sua mesma natureza. Pertencem ao mundo dos fenômenos e não podem atender à necessidade que temos de plenitude. Atendem, naturalmente, às necessidades do que é incompleto. O ser que sente a necessidade de plenitude é criação nossa. Criamo-lo com o pensamento, identificamo-nos com essa criação e passamos a buscar a completude no que é incompleto. Ou seja, criamos uma idéia a respeito de nós mesmos e estruturamos e fortalecemos essa idéia por meio de condicionamentos de toda espécie, por meio de identificações tribais, por meio de crenças, ideologias e ideais. Criamos sociedades e civilizações com base nesse engano, e daí decorre o que chamamos de história da humanidade.



Quanto menor a investigação acerca de nossa verdadeira natureza e quanto maior a busca de completude no campo do fenômeno – ou seja, no fortalecimento da idéia sobre nós mesmos, no poder, no prestígio, nas posses, nos prazeres, no conhecimento – maior a superficialidade, a competição, a violência, o engano, a desordem e a destruição. A entidade fictícia tem continuidade nessa busca até ser percebido o engano e haver o despertar para a nossa verdadeira natureza. A idéia de que somos o infinito é completamente diferente da descoberta desse fato.



O bem, que é ordem, é atemporal, infinito e absoluto. A desordem é do campo do fenômeno, limitada. Existe a possibilidade de desordem até um certo ponto. Mesmo a desordem máxima segue uma ordem para ser atingida. Quanto mais superficiais nos tornamos, mais facilmente somos manipulados por outras mentes desordenadas em busca seus próprios objetivos, que são produtos de sua cegueira.



Em vista disso e olhando a nossa situação humana atual, parece que chegamos em um ponto extremo de desordem. Os fatos o demonstram. Vivemos em estado de guerra permanente no nosso dia a dia. Em geral, nossa mentalidade é aquisitiva e competitiva, não diferindo da que impera entre as corporações, entre os países e entre as organizações ditas religiosas. A guerra declarada é apenas uma projeção espetacular do nosso viver diário. Globalmente e em cada parte do mundo há um enorme fosso, que se alarga cada vez mais, entre os que têm e os que não têm. Valores falsos levaram a essa situação e à desordem nos vários campos da existência. Há extremos insuportáveis. Nesse contexto, a guerra é inevitável. O crescimento da União Européia e da China, nos dias que correm, ademais, está levando a uma rearrumação mundial em termos culturais e de poderio econômico e militar, o que ameaça a hegemonia da única superpotência atual.



Em todo o mundo, existem pessoas, grupos e países que, tendo atingido uma suposta estabilidade econômica, não desejam a guerra. Buscam dar continuidade ao seu padrão de vida, historicamente conquistado e mantido às custas da violência contra outros povos, grupos e indivíduos. Assim, nos EUA há pessoas e grupos que aceitam a rearrumação que está em curso. Preferem-na à guerra. Há, porém, aqueles que não aceitam essa reestruturação e consideram que devem manter a hegemonia a qualquer preço. São os chamados “falcões”, que buscam arrastar mais rapidamente o mundo para o abismo cavado por todos nós.



Dado o quadro mundial, não haverá surpresa alguma se um novo atentado, até mais grave do que o ocorrido contra as duas torres gêmeas nos EUA, vier a acontecer em breve. A conflagração é iminente. Estamos na época anunciada na “revelação”, no “apocalipse”. Um novo atentado, se ocorrer, perpetrado pelos sedentos de sangue, apenas antecipará a sua inevitável eclosão. As conseqüências serão incontroláveis.



A lucidez acerca da desordem é ordem. Para os que estão interessados na regeneração, os “ensinamentos” de Ramana Maharishi e de Krishnamurti são os mais lúcidos e esclarecedores já transmitidos à humanidade.



Da catástrofe deverá emergir um novo ser humano, mais voltado para a sua verdadeira natureza, para a qual alguns já estão despertos.







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