Olhos plastificados detalham espaços indecifráveis de visão noturna. Passeiam pela noite em sistema de cores quilates, enquanto sinais de trànsito orientam pessoas, transmutando estados de espíritos dum escuro absoluto.
E não sabendo, como todo mundo, mulher de um segundo não pára, nem quando diz "agora sou sua nega" (mas ela é nega dela mesma).
Circulando pelas esferas levita, um pouco acima do chão, sem muitas letras de palavras meigas, ela continua e conjuga o verbo solidão.Observando o movimento insólito das vibrações entre corpos e laços vermelhos, quando se entrelaçam em amores temporários e cegos. São corpos furtivos de acalmar corações imaturos, que sofrem abastados de dor e ódio, de saudade que sempre mentiu, num minuto de silêncio.