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Artigos-->ANDROCEU! ATENÇÃO! PODE SER NO SEU! -- 16/09/2002 - 13:23 (Gabriel Salgado) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ANDROCEU! ATENÇÃO! PODE SER NO SEU!



Numa matéria publicada recentemente e que causou algumas reações interessantes, vi abordada a questão do prazer anal nos homens. Muito oportuno e instigante, o tema merece uma boa “salgada” para verificar de fato até onde os tais machos estão seguros de sua sexualidade e masculinidade. Se de um lado, o fato da região anal, tanto no homem como na mulher, ser realmente uma região erógena, sensível e provocadora de experiências excitantes, por outro lado, o problema de “excitar” de sentir o “desejo” de experimentar carícias e relações sexuais anais, para o homem, está ligado ao padrão dos valores e conceitos da sua formação psicológica, de sua educação, dos elementos que ele se acostumou a considerar certo ou errado, cabíveis ou não, dentro de suas atitudes e atividades sexuais. Mas é justamente aí que a coisa pega, fica salgada e bem picante e entra no buraco mais embaixo da discussão. De fato, existem homens que não se sentem ameaçados em sua imagem de macho, em sua masculinidade, se, numa relação sexual, recebendo carícias na região anal, sentindo prazer ao serem provocados, tocados e penetrados, desfrutam disso sem receio e abertos a tais prazeres. Outros, sabendo que sentirão essas sensações e provocações, terão uma reação inversa, rejeitando tais práticas, pois dentro de seus padrões e valores, estariam assumindo uma atitude que consideram contrária ao “ser macho”, (“homem não goza com o rabinho”) sentindo-se diminuídos ou assumindo práticas de pederastia, o que julgam (e aí está um critério de valor, considerado pejorativo no título e na atitude) ser errado ou contrário à sua natureza. Já ouvi homens dizendo, “não deixo tocar no meu ânus, pois se for bom e eu gostar como é que fica?” Isso indica que temem descobrir que podem gostar de fazer uma coisa que sempre aprenderam como “errada” ou “condenável” e sempre professaram como prática antinatural” ao “ser macho”. Ou ainda, na melhor das hipóteses, “contrária à natureza masculina – algo como “homem gosta de penetrar e a mulher de ser penetrada”. Mas sabemos que pode não ser exatamente assim que funciona. Por isso, o que vale ressaltar dessa polêmica é exatamente esse aspecto contraditório, levantando nesta matéria um assunto que vai obrigar que muitos revejam e analisem melhor seus valores e critérios. Numa sociedade que luta para ser cada dia mais aberta e liberal, mais verdadeira e com menos preconceitos, levantar essa questão já é um ponto muito importante. O que farão então os machos?

Vale lembrar que tem outro fator que se agrega a essa discussão, quando as mulheres descobrem que podem exercer uma atitude ativa numa relação sexual, penetrando o seu homem, usando seu parceiro de outra forma, provocando nele sensações e estímulos antes somente a elas permitidos. Sim, pois desde que o Dr. Freud começou a revelar suas análises, indicando certos desejos sexuais reprimidos na mulher, em função do sonho de possuir um pênis – “complexo de castração”, se não me engano – foi ficando cada dia mais patente que muitas delas alimentavam ou alimentam o desejo, e se excitam com a idéia de poder ser o elemento ativo e penetrador em seus parceiros. Quem se habilita a experimentar? Neste caso, poderão se manifestar com conhecimento de causa.

Mas muito cuidado aí ANDROCEU, pois logo a seguir à REVOLUÇÃO GINECEU, que já aconteceu, o buraco pode ser mais em baixo, e a estocada pode ser no seu!



NOTAS SOLTAS, UMA SOBRE AS OUTRAS.




FACA DE DOIS GUMES – Recentemente na Internet, deparei com duas questões que despertaram polêmicas. Uma é a questão delicada dos prazeres anais dos homens em gozar com seu próprio rabo e a outra é a excitação dos homens em ver suas mulheres transando com outro ou com outros homens.

Aparentemente, uma coisa não tem muito a ver com a outra. Mas existe um eixo que as liga diretamente.

Está sendo mais discutida abertamente, a quebra de paradigmas, a derrubada de tabus e preconceitos, fazendo com que os homens tenham que assumir e encarar essas questões da sexualidade ligadas ao papel do homem e da mulher na relação sexual, que por centenas de anos ficaram obscurecidas e ocultas na nossa sociedade ocidental de formação moral judaico-cristã. “Os homens estão sendo forçados a rever e reconsiderar seus valores, “machistas” ou não. Um avanço tímido já é um grande passo. Se por um lado, são os homens – geralmente os mais curiosos, estimuladores e excitados frequentadores dos sites de sexo e de novos ambientes eróticos – que acabam despertando e buscando aventuras e variações de suas atividades sexuais, por outro lado, foram as mulheres que assumiram a parte mais difícil dessa etapa, pois são usadas como a isca, o atrativo, a cúmplice, do apetite e necessidade de variação de parceiras que eles sempre buscaram. Sim, geralmente o homem convence sua mulher a experimentar essas aventuras, desperta nela a vontade e a libido, para que ela possa ser a parceira dele nessa busca por mais descobertas. No início ela receia, teme o imponderável, mas aos poucos, ganhando confiança, pode assumir que a idéia também lhe excita, (quem duvida das fantasias que elas alimentam?) e por fim aceita participar. Então ela serve de modelo para as fotos Eróticas que serão publicadas (isso também a excita), exibe suas partes íntimas nos anúncios e depois, acabam por manter um jogo de trocas de mensagens que vai aproximar os interessados. Acontecendo a aventura idealizada ou não, a mudança começou. Foi aí que aconteceu o grande fator revolucionário da estória. As mulheres foram estimuladas a liberar seus sonhos e fantasias, antes escondidas a sete chaves. Suas mentes imaginativas e sensuais tiveram campo fértil para desabrochar e dar asas a novos desejos antes reprimidos, mostrando aos homens que sempre foram mais preparadas para a arte do amor e do prazer sexual. Nasceram mais bem dotadas de energia, sensibilidade, emoção, volúpia, criatividade e disposição. Então, as aves sedutoras e ansiosas, antes presas e contidas, puderam mostrar toda a sua capacidade de excitar e satisfazer, superando rapidamente uma série de questões, descobrindo entre elas (o bi feminino com o eufemismo “lesbian Chic”) as delícias de tocarem-se, de se acariciarem e provocar prazer, sem medo de serem discriminadas, de assumir o que revelam ser bom, gostoso e excitante. Puderam realizar desejos antes proibidos, como ter dois parceiros ao mesmo tempo, seja um casal ou dois homens. E com isso, os homens tiveram que resolver suas próprias questões íntimas, libertar-se de preconceitos, rever valores. Uma revolução em plena revolução. As mulheres conquistaram também o direito de penetrar, puderam explorar as zonas erógenas, antes intocáveis, dos parceiros, exercitando o poder libertário de usar um consolo de silicone e ser o elemento ativo na relação sexual. Não apenas bancando o penetrador para outras mulheres, elas agora também penetram seus parceiros homens, fazendo uma inversão de papéis que traz diferentes e novas sensações para ambos. Elas descobriram esses horizontes, novas posições, e provocam com isso os questionamentos que hoje vemos os homens tentando resolver. Pode ser um ponto positivo para ambos, que estão descobrindo juntos esses novos prismas. Cabe a cada um decidir como trabalhar com uma faca de dois gumes.



Gabriel Salgado
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