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cronicas-->O PAVÃO DO CU PRETO -- 21/01/2004 - 12:17 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Já falei, quase uma dezena de vezes, sobre a seita maligna do pavão louco. Quero lhes contar agora a história do pavão do cu preto. Antes de mais nada desejo alertar que o pavão do qual falo não é esse corriqueiro, medíocre que todo mundo conhece. O pavão a que me refiro tem o rabo bem maior e, é mais colorido.
Posto que a história do ordinário está mais do que sabida, cumpre-me que a do cu preto venha a lume, a fim de que ponham-se a par das ocorrências deste malévolo bípede plumado.
Sua genealogia inicia-se na índia no século XVIII, logo depois da Revolução Francesa de 1789. A galinácea nascera pobre num grotão miserável de Srinagar, região norte, quase fronteira com o Paquistão.
Apesar da indigência, a figura andrógina, conseguiu desenvolver-se e, aprendeu a manifestar-se em outras línguas. O fato destacou-a dentre seus iguais. Eu não sabia que pavão falava inglês; nem podia imaginar. Mas este falava e, até com relativa facilidade.
Apesar das asas bem curtas tinha a capacidade pra voar a altitudes que ultrapassavam os 6.000 metros.
Seus pais viviam da agricultura de subsistência, como a grande maioria da população. No terreno que tinham lá no cafundó do deus-me-livre, o pavão do cu preto fez inúmeras experiências e plantou, com enorme custo, algodão, chá, juta, fumo e até trigo. Mas o estiolado não era muito chegado ao serviço, se é que me entendem.
Sua idéia básica era migrar para um país Sul Americano e fazendo conchavos, espalhando mentiras, roubando com aquela enorme cara de pau e seu terrível bico afiado, subir na vida. O esdrúxulo desejava livrar-se das agruras que a miséria lhe impunha.
Quando ouvi o bicudo estridular pela primeira vez na minha vida, lembrei-me de Walter Benevides que já afirmava no seu A Arte de Ter Clínica: "Como os grandes mentirosos que acabam acreditando nas próprias petas, o charlatão de classe é o que se convence da autenticidade das suas burlas".
Pavão livrou-se dos conflitos étnicos que medravam lá na sua terra e veio dar com os costados aqui no Brasil. Nem os tufões e ciclones abaixaram a crista do abusado. O rabudo teve tanta sorte que escapou, por um triz, do vóo 312, em novembro de 1996. O avião, em que viajaria, chocou-se com outro a 100 km de Nova Délhi, causando a morte de 647 pessoas.
A personalidade, desse emplumado dos infernos, era extremamente anti-social e bélica. Quando Gandhi desencadeou o movimento de desobediência civil, o do cu preto, traçou um plano pra acertar o velhinho lá de cima, com um bombardeio, de sobrevóo, que faria depois de sentir forte dor de barriga.
Aqui no Brasil o cascateiro aliciou Luísa Fernanda e depois de lhe tomar o dinheiro, tentou enrolar o Geraldo, meu amigão, que servira comigo lá no Tiro de Guerra e que respondia pelo indelével 163.
O pavão do cu preto era mestre em organizar grupos de pressão pra atingir seus objetivos nefastos. Ele agora preparava um livro que tencionava lançar momentos antes das eleições municipais. O título, que ele divulgara para as rádios e jornais da cidade, era: "Como vencer na vida sem fazer força".
Era mesmo do peru esse pavão do cu preto!




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