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Contos-->Ansermis -- 02/08/2005 - 12:21 (Arthur Nogueira Lazaro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
“Seis noites. Seis longas noites em rezas cansativas e tão antigas quanto à própria vida. Seis noites de clarão, fogo e velas. Seis noites sob a curiosidade das estrelas e tutela da lua. Seis noites clamando por misericórdia e pedindo que a luz da vida volte”.
Assim foram dias escuros e de puro medo no reino de Sagitha, onde Cavaleiros e suas espadas rasgavam o ar com seus cavalos e mulheres de véu sangravam a noite em belos vestidos em festas regadas a vinho. Assim foram dias sombrios em Sagitha, onde no silencio da noite, cavaleiros e suas espadas rasgavam a pele inocente sob vestes rudimentares, e onde o cálice do vinho tinha o sabor de sangue. Esses eram dias desleais.”

Salve tropa que se ergue ao som de trompetes
Salve sábio rei que dita regras e jogos profanos
Vangloriem a morte e a desgraça de seu povo
Corrompam almas somente por Deus tocada.

Em marcha rumo ao campo de batalha
Singram cavaleiros e seus escudeiros
Em marcha rumo ao destino desconhecido
Singra o trovador e sua linda lira dourada
Espadas e escudos em constante choque
Sons e cantigas em harmonia, um toque;

Cantai –vos o som da morte e o grito da dor
Que cantarei lindas palavras para mio senhor
Saciai –vos o desejo de poder e esplendor
Que repousarei nos braços do meu amor
Espalhem desordem e rancor nesse mundo
Que espalharei minhas palavras com sabor
Não o sabor de almas penadas em meio ao nada
Mas o sabor da vitória e a princesa conquistada.

Seguia livre por estradas de pedras
Onde cada caída seria a minha conquista
Cada cicatriz minha eterna lembrança
E cada nota ensaiada a minha crendice;

Em cada dia de sol, meu eterno nascer.
Em cada dia de chuva, minha vida crescer.
A cada lua ver partir, meu rosto a sorrir.
A cada estrela brilhar, ficar de frente ao mar.

Molhar meus pés em águas salgadas
Sentir a areia fofa no chão umedecido
Respingar as gostas da fonte da vida
Batizar-me nessa fonte divina.


Deixo o som da batalha para trás
Meu caminho só Deus faz
Vejo o horizonte em minha frente
Sua boca e seu beijo, meu domínio de paz.
Pai Universo e sua constelação a girar
Não preciso de reinos e em castelos morar
Não preciso de espadas e guerras travar
Só quero a sorte de um amor tranqüilo
E minhas cantigas cantar.
Sair correndo em gramados extensos
E sem preocupações amar
Aquela linda princesa que me faz chorar.

“Seis dias e durante cansativos seis dias, Ansermis, o trovador, caminhou sem rumo pelos vales sombrios de Gigliar, por vezes caminhados por exércitos e cede de homens de conquistar. Mas sua arma era sua viola e sua lira. Sua sede de conquista, sua musica e seu reino perdido, sua musa”.


“Quero sentir o frio da areia do mar e meus pés em suas águas molhar. Sentar quieto sem ter para onde olhar e, quando minhas vistas do mar cansar, virar para o lado e seu rosto encontrar. Linda estrela que lá no azul distante do céu, brilha sem parar, desça de tão longe para do meu lado ficar, pois assim poderei uma linda musica cantar e, quem sabe em minha morada, poderás morar”.


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