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Poesias-->Delírios -- 25/08/2006 - 20:16 (Dênia Dutra) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Delírios



Domingo de agosto...

Oito horas, talvez menos...

Não importa...

O cheiro de café me desperta de um sono profundo...

Continuo com os olhos fechados...

A respiração larga e sonolenta,

Submerge minha alma nas lembranças de uma noite única...

Um sono revigorante... ou seria um sonho?

Sinto uma paz única...

Ouço a primeira chuva de agosto cair sobre as telhas secas...

Os pingos batem como notas musicais que se misturam,

Ao som dos pássaros a enamorar na soleira da janela...

Meu rosto sobre seu travesseiro inala seu cheiro único...

O desejo alastra como chamas sobre meu corpo nu...

As pálpebras continuam cerradas...

Receio despertar somente de um sonho...

Eu nem o vi levantar...

Mas o cheiro de café confirma sua presença...

Não é um sonho...

Alongo todo meu corpo, sentindo a pele clamar por suas carícias...

E a porta do quarto se abre devagar...

Meus olhos marejados por uma alegria única se abrem lentamente...

Vejo sua imagem linda como um presente de Deus...

Seu sorriso ilumina minha alma...

A tolha que envolve seu corpo escorrega inocente sobre o chão...

O café quentinho cai como um tônico para um corpo debilmente carente...

Ao sabor dos grãos torrados nossos lábios se encontram...

Brincadeiras de amantes...

O tempo pára, como se nossa história fosse única...

Ah! Meu corpo travesso desliza sob as cobertas...

E seu corpo mergulha nu junto ao meu...

Um resto de friozinho do inverno...

A mente cessa, o momento é único...

Suas mãos correm toda extensão das minhas costas...

Passa por montanhas, se perde entre minhas coxas...

Enquanto minha boca insana e desvairada busca seus beijos...

Pernas entrelaçadas e somos um só corpo num abraço ardente e único...

E me rendo às suas carícias...

Sua boca escraviza meus seios que gritam por socorro...

Seguro firme seus braços sobre sua cabeça, dominando seu desejo urgente...

E cavalgo infinitas pastagens do mistério que me trouxe a você...

Como um vulcão em erupção nosso grito se mistura ao barulho da chuva...

Enfim os corpos se rendem exaustos...

Seus braços entrelaçados ao meu corpo...

O cheiro do café, seu perfume, suas mãos, seu travesseiro, meu corpo nu...

Nossas vidas...



Dênia Dutra
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