Sentindo-me pela metade
saí a buscar-te.
Procurei-te entre as estrelas,
disseram-me que ali
não serias encontrado.
Esperançosa,
volvi meu olhar para a lua
e enternecida disse-me
que também ali
não havia estado.
Busquei-te em pegadas na areia
por ti deixada,
veio onda impiedosa,
tornou as marcas apagadas.
Sentei-me na areia molhada,
entristecida, chorei...
Cansada, adormeci...
Assustada, acordei.
Era o mar rugindo feito bicho
para acordar-me.
Mar, amar...
Contei a ele meu pesar
e feito bom amigo
veio acalmar-me.
Envolveu-me com suavidade,
fez minhas lágrimas
junto as dele misturarem-se.
O sol majestoso não tardou
minhas lágrimas secarem,
fez o sorriso
em meu rosto brilhar.
Novamente olhei a areia,
lá vi pegadas... Eram minhas,
aproximei-me devagar,
então, pude enxergar
que não preciso dele
para completar-me.
Estou inteira.
O que procurava era alguém
que um dia ajudou-me a sonhar.
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