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cronicas-->A odisséia de uma mulher do interior -- 30/09/2000 - 04:27 (Humberto Azevedo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Luzes
A filha caçula do casal João Teixeira de Carvalho e Maria das Dores Ribeiro, Alzira Teixeira de Carvalho, nasceu em 1914, na casa da fazenda "Sagrada Família" no bairro do Balaio. A jovenzinha Alzira viveu até os 8 anos de idade na fazenda com os pais e os irmãos. Lá mesmo na roça, ela apreendeu às primeiras letras. A sétima filha do casal João e Maria passou a viver em Santa Rita do Sapucaí com a mãe e com a irmã mais velha Mariana, conhecida como Caína. Dos sete filhos que o casal João e Maria da fazenda "Sagrada Família" tiveram, apenas Caína e Alzira ainda vivem. O pai faleceu em 1951.
Com a mãe e a irmã, Alzira passou a morar na cidade de SRS até os 16 anos de idade, quando cursava o segundo ano da Escola Normal. Ela e a irmã não concluíram o curso de normalista, pois, tiveram que voltar a residir no campo depois de um insucesso financeiro que o pai tivera, perdendo grande parte da fazenda e a casa da cidade. Mas nada disso abateu a jovem Alzira, que teve que deixar para trás os pretendentes a namorados que tivera. Logo, mesmo sem possuir o diploma de professora, passou a dar aulas em uma escola rural de Pedralva. Ela conta: "com o pequeno salário que recebia andei e viajei muito por aí...", sempre em companhia da inseparável irmã Caína.

Administração
Com os irmãos mais velhos casados e com os pais um pouco velhos e doentes e ainda com uma tia cega para cuidar, a vida de Dona Alzira passou ser a vida de uma franciscana que resolveu se doar para cuidar dos pais e de uma tia. Após o falecimento do pai, ela resolve vender sua parte na fazenda a um sobrinho e adquire uma casa na rua José Ribeiro de Carvalho de número 52 onde mora até hoje. A administração da fazenda até quando ela residiu lá foi por conta dela. A partir daí trabalha como tesoureira da creche durante 10 anos. Ela ainda trabalhou no Clube de Mães como voluntária uns 5 anos.

Impressões
A casa onde reside Dona Alzira mantêm o estilo arquitetónico dos anos 20. Com algumas reformas aqui e ali que o tempo se fez necessário. Situada bem no centro da cidade, a exatamente um quarteirão da igreja matriz, a residência de Dona Alzira serviu por muito tempo de hospedagem a vários alunos do Inatel que por aqui passaram.
Ao longo da conversa que este repórter do Minas do Sul teve com Dona Alzira numa tarde calma e fria desta última quarta-feira, a sua sobrinha Cidinha que também reside com ela acompanhou de perto todos os passos e respostas que a tia dava a esse repórter.
Ao sair da casa eu senti que precisava construir um texto versátil que desse para os leitores habituados a coluna Persona uma leitura que informasse e ao mesmo tempo invocasse o leitor para dentro da página sete. Creio que não irei conseguir realizar esta façanha e desde já me sinto com uma dívida a pagar para Dona Alzira por não ter efetuado da melhor maneira um texto suave que lhe fizesse justiça.

Texto publicado no jornal Minas do Sul em 30 de setembro de 2000
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