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Artigos-->Musas Gregas -- 20/09/2002 - 06:56 (Paula Valéria) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Musas



Impossível compreender certos autores e dramaturgos sem se familiarizar com os primórdios da mitologia grega, sem saber um pouco dos seus deuses e tradições, e principalmente sobre as tão citadas e tão pouco conhecidas musas. Seres tão necessários no universo das artes, e em especial na dramaturgia, onde muitos exercem as suas catarses (purgação, purificação e liberação da mímese de um fator arquetípico) e até mesmo as suas idolatrias.



Na mitologia grega, conta-se que depois da derrota dos Titãs, os deuses pediram a Zeus que criasse divindades capazes de cantar a vitória dos olímpicos. Zeus partilhou o leito de Mnemosina nove noites consecutivas e, após tal "enlace", no devido tempo, veio o nascimento das nove Musas. Este ponto é deveras discutido e por vezes contestado, o que veremos logo a seguir.



Freqüentadoras do Olimpo, as Musas alegravam as festas dos imortais. Sua morada era o Monte Hélicon, na Beócia, coberto de perfumadas plantas e cheio de fontes de agradável frescura para dar o clima de encantamento. Neste monte, consagrado às Musas, via-se um templo dedicado a elas e a Zeus, a fonte Hipocrene, a gruta das Ninfas Libétnidas e o túmulo de Orfeu. Também crescia ali um bosque sagrado, onde cada ano os habitantes de Téspias celebravam dupla festa em honra das Musas e de Cupido. Pertenciam ao cortejo de Apolo - deus da música - e com isto se demoravam no Monte Parnaso, na Fócida, para realizar tais rituais apolíneos.



Pelo que se conta, as musas foram primitivamente ninfas das fontes, para depois se tornarem deusas da inspiração poética. A princípio, seu número variava. As primeiras Musas adoradas sobre o Hélicon eram três. Eram três igualmente em Sicíon, personificando as três cordas da lira. Em Lesbos e na Sicília eram sete. Entre os pitagóricos, eram oito, assim como na primitiva Atenas. Por vezes, comparadas e ilustradas como as Cariátides, as estátuas - esculturas da beleza feminina perfeita nos padrões helênicos, que sustentam - como colunas trabalhadas - o templo Parthenon situado em Atenas. Afinal o seu número foi fixado em nove:







Clio - Musa da história, tinha como atributos a trombeta heróica e a clepsidra. Tendo reprovado Afrodite em sua paixão por Adonis, foi punida pela deusa, que fez nascer em seu coração um amor irresistível por Píero, rei da Macedônia. Teve um filho deste rei, chamando-o de Jacinto, transformado depois na flor que hoje em dia é de uso muito popular nos jardins de várias culturas.





Euterpe - Musa da poesia lírica, uma das menos comentadas. A flauta era o seu mais valioso atributo.





Talia - Musa que presidia especialmente a comédia e a poesia ligeira. Filha de Nereu e de Dóris, por vezes é chamada Tália, a nereida, uma espécie de divindade marinha. Ninfas das vagas inumeráveis do mar em números de mais de cinqüenta delas chegando por vezes ao desdobramento de cem. Deu filhos a Apolo, chamando-os de Coribantes. Também é uma das Cariátides (esculturas que seguram o templo Pathernon), ou Graças, originariamente também filha de Zeus. Protege como suas irmãs, a vegetação.





Melpômene - Uma das musas que, por sua união amorosa com o rio Aquelóo, foi a mãe das sereias. Ele era o mais velho de 3.000 filhos de Oceano e de Tétis, sendo o mais célebre e o mais venerado dos rios, talvez pelo o seu volume d água, que o caracterizava como o maior rio da Grécia. Outras lendas fazem dele o filho do Sol, sendo desta forma um dos Titãs. Melpômene era a musa da tragédia.





Terpsícore - Musa da poesia épica e da eloqüência (ou, em outras versões, da dança), seu atributo era a cítara. Foi mãe de Lino (um músico famoso e muito bem dotado, sendo-lhe atribuída a invenção do ritmo e da melodia).





Érato - Musa da poesia lírica e amorosa, é filha de Zeus e de Mnemósina, como conta a história originalmente em uma das suas versões.





Polímnia - Musa, que depois de ter sido a inspiradora dos hinos heróicos, passou a ser também da arte mímica. É representada em atitude meditativa, com um dedo na boca. Há também quem lhe atribua a invenção da lira.





Urânia - Musa da astronomia, eram seus os atributos o globo celeste e o compasso. Unindo-se a Anfímaro, deu-lhe um filho, o músico Lino (o mesmo que, em outras versões, diziam ser filho de Apolo e de Terpsícore). Este, tendo desafiado Apolo para ver quem cantava melhor, foi vencido e morto pelo deus.





Calíope - Também musa da poesia épica e da eloqüência , assim como Terpsícore, mantinha entretanto o primeiro lugar entre as suas irmãs. Seus atributos eram o estilete e as tabuinhas, instrumentos da escrita. Foi amada por Apolo, com quem teve dois filhos: Himeneu e Iálemo. E também por Eagro, que desposou e de quem teve Orfeu, o célebre cantor da Trácia. Representavam-na sob a aparência de uma jovem de ar majestoso, a fronte cingida por uma coroa de ouro, emblema que, segundo Hesíodo, indica a sua supremacia entre as musas. Aparece por vezes ornada com grinaldas. Seu nome, Calíope, significa "belo rosto".



O que todas elas trazem em comum? A imortalidade, a representação das virtudes em forma de jovens mulheres, de rosto grave, ou até mesmo sorridentes, sempre vestidas com roupas longas e flutuantes, recobertas por um manto, típica visão de divindade. As musas presidem o pensamento sob todas as suas formas: eloqüência, persuasão, sabedoria, história, matemática, música, poesia, astronomia. É por isto que sempre aparecem nos textos teatrais, em pequenas ou grandes histórias, desde a Grécia antiga até os dias de hoje.





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